Tom Barros

Caminhos inversos

Não foi contra o Vitória o início da retomada do Ceará. Mas poderá ser hoje diante do América/MG. Até aqui esperança e desengano seguem caminhos inversamente proporcionais: a cada jogo o desengano aumenta e, como consequência, diminui a esperança. Inverter a situação é missão de Marcelo Cabo. Tornar a esperança maior que o desengano exigirá resposta imediata, urgente. Trabalhar sob pressão é carga psicológica que poucos sustentam por muito tempo. Mas os que a sustentam formam privilegiada elite de profissionais bons e diferenciados. Marcelo Cabo quer compor no rol desses desafiadores vitoriosos. Hoje vai para o segundo teste. Ainda não dá para cobrar dele, já pelo pouco tempo à frente do grupo. Mas a cobrança não tardará.

Adversário

A campanha do América/MG está boa. Tem o mesmo número de pontos do líder Vitória, 31. Perde no saldo de gols. O comando é do experiente Givanildo Oliveira, ex-técnico do Fortaleza. Lá está Felipe Amorim, ex-Ceará. O forte do América é faturar pontos em casa. Está invicto no "Independência". Mas fora de casa oscila. Ainda bem.

Em busca

Faz muito o Ceará tenta chegar a um modelo tático base. Depois da Copa do Nordeste, tornou-se um grupo amorfo. Quando não há um padrão de referência, fica complicado. Assim com o Silas após o Nordestão; assim com Geninho. No primeiro jogo sob o comando de Marcelo Cabo, seguiu confuso. E não poderia ser diferente. Que sufoco!

Recordando

2005. Assim se passaram dez anos... Embarque do Fortaleza para enfrentar o Santos pela Série A do Campeonato Brasileiro. A partir da esquerda: Dude, Erandir, Amaral e Chiquinho. O jogo na Vila Belmiro foi empate (0 x 0). O Fortaleza jogou com Bosco, Ronaldo Angelim, Alan e Marquinhos; Chiquinho, Erandir, Dude, Lúcio (Marcelo Lopes) e Hernani; Rinaldo (Fumagalli) e Alex Afonso (Mazinho Lima). Técnico Hélio dos Anjos.

Temores

Pelo que tenho observado, a torcida do Fortaleza conviverá mesmo com os temores do mata-mata até o dia em que esta fase vier a acontecer. Aflição antecipada que não tem sentido, gente. Ora amigos, ainda que o time tivesse perdido em Goiânia, normal teria sido o resultado. Ou não seria normal perder para o Vila? Mas não perdeu.

Advertência

Entendo que a ansiedade da maioria dos torcedores do Fortaleza tem um razão de ser. Mas isso não pode se transformar na exacerbação do pânico. Cobrar melhor produção é compreensível e até necessário. Exigir avanços, idem. Admoestar sobre os riscos da fase eliminatória, tudo bem. Mas tudo nos limites, sem exageros.

É show

A repórter Mirela Forte vem alcançando destaque no Debate Bola pela TV Diário, fazendo as matérias especiais do programa. Além da beleza física, que já chama muita atenção, Mirela tem amplo domínio diante das câmeras. Mostra-se criativa na elaboração dos textos, é natural na improvisação e passa muita segurança. Ganhou o Debate Bola.

Eliminatórias. Nos 92 jogos eliminatórios de Copas do Mundo, o Brasil teve 14 atletas expulsos: Zico, 1977; Zé Sérgio e Paulo Isidoro, 1981, jogo Brasil 1 x 0 Venezuela; Toninho Cerezzo, 1981, jogo Brasil 2 x 1 Bolívia; Romário, 1989; Ricardo Rocha, 1993, jogo Brasil 1 x 1 Uruguai; Dunga, 1993, Brasil 6 x 0 Bolívia; Edmundo, 2000, Brasil 1 x 0 Peru; Cafu, 2000, Brasil jogo 1 x 2 Paraguai; Lúcio, 2005; Kleber, 2008; Luís Fabiano, Felipe Melo e Miranda, 2009, em três jogos distintos. Dados: Airton Fontenele.

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