Tom Barros

Divisão de sentimentos

Após a derrota para o Bragantino, ficou muito clara a divisão da torcida do Ceará em dois grupos: os que ainda acreditam numa recuperação e os que já jogaram a toalha. Estes últimos são homens de pouca fé. Os primeiros, ao contrário, apegam-se à história de muita crença e valores positivos porque viram como o alvinegro se torna altivo e verdadeiro na batalha final. Assim em 1996 nas mãos de Arnaldo Lira no famoso jogo contra a Tuna Luso de Belém; assim em 2005, sob o comando de Valdir Espinosa na dramática vitória sobre o Vila Nova de Goiânia. Por sinal, essas duas partidas tiveram como cenário o Estádio Presidente Vargas, o velho PV, que serviu de alçapão assim como alçapão foi o Estádio Francisco Vasques para a Tuna em Belém. Tudo está complicado, mas nada ainda perdido.

Técnico

Marcelo Cabo é um técnico que ainda busca afirmação. Nunca dirigiu um time grande do futebol brasileiro. Mas ganhou bom conceito pelo trabalho que fez no Macaé. Daí ter sido cotado para assumir o Botafogo, antes da confirmação de Ricardo Gomes. Só o tempo dirá se certa ou não esta escolha da diretoria alvinegra.

Técnico II

Lembrei do Lula Pereira. Quando Lula foi contratado pelo Figueirense, um repórter disse que Lula era um desconhecido. Lula disse que estava empate, pois também não conhecia o repórter, visto que jamais ouvira falar nele. Ao término do certame, Lula campeão, o técnico e o repórter já e conheciam bastante. Que aqui, com Cabo, assim seja.

Recordando

2005. E assim se passaram dez anos. Icasa. A partir da esquerda (em pé): Thiago, Jonas, Roberto Lopes, Alex Costa, Nogueira e Pantera. Na mesma ordem (agachados): ? , Paulinho, Ivan, Jean e Cristóvão. No primeiro semestre, com outra formação, o Icasa fizera boa campanha no estadual, sagrando-se vice-campeão numa disputa com o campeão Fortaleza. Bons tempos do Verdão do Cariri. (Coleção de Elcias Ferreira).

Realidade

Dos três próximos jogos do Fortaleza, dois considero de maior importância: contra o Vila Nova em Goiânia e contra o Asa em Arapiraca. Até já expliquei as razões na coluna de ontem. Nada de menosprezar o Cuiabá, que enfrentará o Fortaleza no Castelão. Mas verdade seja dita: Vila e Asa mostraram aqui que têm força para brigar com o Leão.

Maduro

Vejo o Fortaleza tão consciente de sua força e de seu papel que noto até quando cuida de dosar energias. Foi assim diante do Icasa, em ritmo de treino. Mas não pode ser assim sempre. Errou quando quis dosar o ritmo no segundo tempo contra o Águia em Marabá e tomou o empate. Estar maduro é bom, mas cuidado com a soberba.

Reclamações

Daniel Sobralense costuma fazer gols de cabeça. Leva vantagens sobre os zagueiros. Mas na decisão com o Ceará o zagueiro reclamou. Disse que foi derrubado por Daniel. No jogo com o Icasa, sábado passado, o zagueiro também reclamou. Ora, por que os zagueiros, bem mais robustos, perdem a disputa com Daniel? Questão de jeito, de talento, amigos.

Eliminatórias

Dois cearenses atuaram pelo Brasil em eliminatórias de Copas do Mundo: Jardel e Dudu Cearense, mas eles não jogaram nos respectivos mundiais. Jardel, duas vezes. Uma em 28/março/2000 em Bogotá (Brasil 0 x 0 Colômbia, quando Jardel era do Porto) e a outra em 1° de julho 2001 em Montevidéu (Uruguai 1 x 0 Brasil, quando ele era do Galatasaray). Dudu jogou só uma vez. Foi em Quito (17.11.2004), Equador 1 x 0 Brasil. Dudu pertencia ao Rennes da França). Dados de Airton Fontenele

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