Tom Barros

De passagem para o PV

A história do futebol cearense tem tudo a ver com a Gentilândia onde desde 1941 a 1972 o PV foi cenário exclusivo. Em 1973 inauguraram o Castelão. Enganou-se quem pensou que o PV seria aposentado. Segue firme na Gentilândia, único bairro que fez um time, o Gentilândia, campeão cearense de1956, superando Ferroviário, Fortaleza e Ceará. O Bar do Chaguinha, nesse ano, já estava lá. Agora, após quase 60 anos, o Bar do Chaguinha fechou. A passagem para o PV fica diferente. O bucólico bairro sofre mudanças. Talvez um edifício ocupará o espaço do bar que foi parada obrigatória dos desportistas e boêmios. Aí lembro o que diz Nelson Gonçalves numa canção que gravou: "Ante a força do progresso, meu violão silencia". Aqui, no caso, o bairro inteiro silencia.

Técnico

Há momentos em que o clube quer demitir o técnico, quando este passa mais de três jogos sem vencer. No Brasil é praxe. Mas há momentos também em que o próprio técnico, diante de uma sequência de derrotas, quer preservar a sua reputação e toma a iniciativa de pedir para sair. Caso assim recente aconteceu no futebol cearense.

Próxima

Quando acontece um fato assim, como o citado no tópico ao lado, logo a diretoria do clube faz pedidos de acomodação, compreensão ou, no mínimo, solicita ao treinador para esperar pela próxima partida. Aí, se vencer, continua. Se não vencer, para o alívio geral do clube e do próprio treinador, este vai embora.

Recordando

2003. O ídolo do Ceará, atacante cearense Mota, quando esteve no Cruzeiro/MG onde se sagrou campeão brasileiro de 2003 e campeão da Copa do Brasil de 2003. A partir da esquerda (em pé): Maldonado, Cris, Tiago, Maurinho e Gomes. Na mesma ordem (agachados): Leandro, Wendel, Augusto Recife, Mota e Alex. Detalhe: Mota foi campeão cearense pelo Ceará em 1998, 2002, 2012 e 2013. (Coleção de Elcias Ferreira).

Sem surpresas

O Vila Nova, vice-líder (19 pontos), encostou de vez no Fortaleza (20 pontos). Não é surpresa. Basta lembrar que a vitória do Fortaleza sobre o Vila aqui, no Castelão, foi difícil. O Leão fez 1 a 0. O Vila virou (1 x 2). Fortaleza promoveu nova virada (3 x 2). O destaque foi o meia Maranhão. Ele saiu do banco para levar o Fortaleza à vitória.-

Outra chave

A preocupação do Fortaleza não tem que ser com o Vila Nova. O Fortaleza tem que ficar atento é ao que vem do Grupo B. Hoje, o adversário do Leão no mata-mata seria o Londrina do Paraná, quarto colocado, que tem 16 pontos, quatro vitórias, quatro empates e uma derrota. Mas poderá ser o Tupi/MG ou a Portuguesa/SP.

Compreensão

Everton não entrou bem em Marabá. Substituiu Maranhão, que foi o melhor da partida. Mas é preciso compreensão para com Everton. Ele passou longo tempo parado, após sofrer séria contusão em maio no jogo da decisão do campeonato diante do Ceará. Portanto, sob aquele calor de 40 gruas, não poderia manter o ritmo de quem já vem atuando.

Eliminatórias

O Brasil, único presente nas 20 Copas do Mundo (1930/2014), disputou onze eliminatórias, de 1954 a 2009. Superou nove adversários da América do Sul. Em 92 jogos, venceu 56, empatou 25 e perdeu 11. Marcou 199 gols, sofreu 59, saldo de 140. Na eliminatória de 1989, final no Maracanã, o Brasil ganhava do Chile (1 x 0). Devido a incidente provocado pelo Chile, o jogo não terminou. A Fifa puniu o Chile. Eliminou-o da Copa de 94 e acrescentou um gol na vitória do Brasil (2 x 0). Dados de Airton Fontenele.

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