Tom Barros

A vez dos titulares

Os reservas do Ceará, ao ganharem do Tupi, puseram fim ao incômodo jejum de vitórias. Aliviaram as tensões. Portanto, reduziram sobremaneira a pressão que poderia haver sobre os titulares, caso o time fosse hoje para a 14 partida sem vencer. Venceu. Agora, ânimo novo, espera-se um Ceará mais confiante, determinado, melhor. Se assim não for, comprometida estará a meta citada pelo presidente do clube, Evandro Leitão, conforme matéria publicada ontem no Diário do Nordeste. Para alcançar o objetivo traçado pelo presidente, o Vozão terá que necessária e obrigatoriamente ganhar do Mogi Mirim dentro do processo de urgente retomada. O jogo de hoje, portanto, poderá ser o marco divisor entre o Ceará da descrença e o Ceará da esperança.

Recordando

2004. Itapipoca. A partir da esquerda (em pé): Reginaldo Silva, César Baiano, Renato Frota, Lopes, Eufrásio e Wescley. Na mesma ordem agachados: Ricardo Baiano, Nissin, Dema, Márcio e Isaac. Às vezes há equívoco na identificação dos atletas. Os leitores poderão ajudar a corrigir quando isso ocorrer. Ficarei grato. Nesse grupo, chama atenção o jogador Dema, que foi ídolo no Ceará e no Pará. (Coleção de Elcias Ferreira)

Em casa

Incrível o número de pontos que o Ceará perdeu em casa. Empatou com o CRB (1 x 1), perdeu para o Sampaio (1 x 3), empatou com o Santa Cruz (3 x 3), empatou com o Botafogo/RJ (0 x 0) e empatou com o Criciúma (1 x 1). De seis jogos aqui, o Ceará ganhou apenas um: 2 x 0 no Atlético/GO. De 18 pontos em casa, ganhou sete.

Adversário

Rivaldo pai, Rivaldo Junior. Com os dois em campo, o Mogi ganhou do Macaé (3 x 1). Pela primeira vez na história pai e filho marcaram gols (um cada) num mesmo jogo. Assim, com a sua melhor apresentação, o Mogi também projeta sair da zona de rebaixamento. E projeta a continuidade da reação já para este jogo com o Ceará.

Adaptações

Uma das boas coisas de sair da Série C será não mais ter que jogar em estádios de dimensões reduzidas. O Fortaleza, por exemplo, teve de adaptar sua preparação para encarar o jogo no modesto Estádio Zinho de Oliveira em Marabá, no Pará. Quer queiram, quer não, obriga o time a um outro proceder. Já para o time da casa, ótimo.

Diferença

O Fortaleza, líder, tem a maior pontuação (19 pontos) da Série C, incluindo os dois grupos. O Águia, vice-lanterna, tem apenas quatro pontos, decorrentes de quatro empates. O Águia não sabe ainda o que é vitória. A esperança de melhor resultado dos paraenses está só na tradição de sempre dificultar a vida do Fortaleza. Nada além.

Tinga no PAN

A passagem do ala Tinga, do Fortaleza, pela Seleção Brasileira no PAN foi positiva na avaliação do pesquisador Airton Fontenele. "Tinga atuou bem nas vitórias sobre o Canadá (4 x 1) e Peru (4 x 0). Não sei por que razão não foi escalado no empate com o Panamá (3 x 3). Tinga voltou na derrota para o Uruguai (1 x 2). Nesse jogo Tinga teve desempenho razoável", disse Airton.

Ampliação

Registrei o rosário de amarguras por que vem passando o futebol brasileiro, desde a vergonhosa eliminação na Copa do Mundo 2014. Depois decepcionou na Copa América. Na sequência teve o Inter/RS eliminado da Libertadores pelo Tigres do México. Como se não bastasse, tomou a virada do Uruguai na semifinal do Pan-Americano (1 x 2). Essa virada, pela forma como aconteceu, lembrou muito o "Maracanazzo". Parece que o fantasma do Ghiggia resolvei baixar no Canadá.

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