Metade do Campeonato
Sete. Conforme o adágio popular, a conta do mentiroso. Mas aqui é pura verdade. Faltam sete rodadas para a virada da Série B, que se convencionou chamar de fim primeiro turno. O Ceará tem, portanto, sete jogos para, fora da zona de rebaixamento, começar a segundo volta do certame. No momento, o Vozão está a cinco pontos, duas vitórias e menos seis gols com relação ao Paraná, o primeiro time fora da zona maldita. Há, um longo caminho a seguir. Os sete próximos adversários são: Boa (fora), Mogi, ABC (fora), Braga (fora), Vitória, América/MG e Macaé (fora). Quero crer que, já nas duas próximas rodadas, será possível uma projeção sobre as possibilidade de uma reação convincente do Ceará. Até o momento o horizonte continua nublado. E muito.
Recordando
2005. E assim se passaram dez anos... Ferroviário 3 x 3 América/RN no PV pela Série C do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Ferroviário foi eliminado, pois o América havia vencido o primeiro jogo em Natal por 2 a 1. Na foto o jogador Amintas, do Ferroviário, consola seu companheiro de equipe Júnior Cearense, que estava inconformado com a desclassificação. Não sei o destino de Amintas. Júnior agora é treinador.
Definição
Até agora os substitutos dos homens de definição que o Ceará tinha (Magno Alves, Assisinho, Marinho e até mesmo o Bill) ainda não deram a resposta esperada. O time voltou a jogar bem diante do Botafogo e diante do Criciúma. Isso foi apenas um aspecto relevante após a chegada do técnico Geninho. Falta agora o resultado, ou seja, vitória.
Missão: gols
Agora é olhar para frente. E contar com Rafael Costa, Fabinho, Rodrigo Silva e Roger Gaúcho. E com os zagueiros goleadores de outrora, que há muito não assinalam gols, no caso, Sandro, Gilvan e Charles. A meia-cancha tem de contribuir mais na feitura de gols e não ficar apenas nos gols de Ricardinho. Só assim o Vozão voltará a vencer.
Revisão
Com os comentários de Tobias Saldanha, narrei para a TV Diário o compacto de Confiança 1 x 0 Fortaleza. Selecionei os melhores momentos. Aí fiz uma revisão e análise do jogo. O Fortaleza, no cômputo geral, foi melhor. Quis mais, buscou mais. Mas esbarrou no que tem sido a dor de cabeça de Chamusca: erros nas conclusões.
Ausência
No futebol, por mais paradoxal que pareça, é na ausência que se nota mais a importância da presença de um jogador. Caso do volante Pio, que não atuou em Aracaju. Com ele, o Fortaleza teria tido opções a mais de finalização, máxime em tiros longos de fora da área ou mesmo mais próximos desta. Muito sentida a ausência dele.
Estreia
O lateral-direito do Fortaleza, Tinga, estreou pela Seleção Brasileira nos jogos Pan-Americanos em Toronto, com vitória sobre o Canadá por 4 x 1. Na avaliação do especialista Airton Fontenele, que acompanhou o jogo, o desempenho de Tinga foi muito bom. Apareceu mais no segundo tempo. No Pan está a seleção sub-22. Boa projeção para Tinga.
Primeira vitória
Torço pelo sucesso do técnico do Icasa, Maurílio Silva, de quem, por sua conduta profissional, sou admirador. O triunfo (2 x 0) sobre o Águia/PA não tirou da lanterna o time, mas quebrou o trauma da falta de vitórias. Em parte aliviadas as tensões, o Verdão pode fazer a correção de rumo. No futebol o melhor remédio para crises é jogar e faturar três pontos. Próxima etapa: tentar sair da zona de rebaixamento. Aí basta ganhar do Asa, dia 19, em Alagoas, e torcer por empate entre Cuiabá e Águia.
Acompanhe os comentários de Tom Barros na TVDN em http://svmar.es/tom-barros