Tom Barros

Espectro do rebaixamento

Começa a sobrevoar nos céus de Porangabuçu o fantasma da queda para a Série C. Fantasma assustador, que faz tremer o mais forte alvinegro. Não há exagero no alerta. Em dez jogos, apenas uma vitória e dois empates. Apenas cinco pontos de 30 disputados. Não é jornada para um campeão do Nordeste. Humilhante. Inaceitável. Dirão certamente que ainda faltam 28 rodadas. Dirão certamente que ainda há 84 pontos para disputar; dirão certamente que ainda há tempo suficiente para recuperação; dirão certamente que o certame sequer chegou à metade. Sim, tudo isso é verdade. Mas o risco está nessa linha de raciocínio. Está equivocado quem pensa assim. O certame é de longa duração, mas veloz como um raio. Se não houver uma reação agora, Deus meu...

Curiosidade

A Seleção Brasileira teve um estrangeiro na disputa do primeiro Campeonato Sul-Americano (Copa América) em 1916, Buenos Aires: o inglês Sidney Pullen, então centro-médio do Flamengo. Outro fato inusitado: antes de jogar naquele certame, Pullen foi árbitro do jogo Argentina 6 x 1 Chile. Na história da Copa América, a maior vitória do Brasil foi 10 a 1 sobre a Bolívia em 1949 em São Paulo. E a maior derrota foi de 6 a 0 para o Uruguai em 1920 em Viña Del Mar, no Chile. (Dados de Airton Fontenele).

Recordando

13 de julho de 2011. Copa América na Argentina. Estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba. Jogo Brasil 4 x 2 Equador. Disputa pela posse de bola entre o brasileiro Alexandre Pato e o equatoriano Christian Noboa. Os gols da Canarinho foram marcados por Alexandre Pato (2) e Neymar (2). Os gols do Equador foram marcados pelo jogador Caicedo. Quem apitou o jogo foi o árbitro uruguaio Roberto Silvera.

Medidas

Novo técnico do Ceará: Geninho. Sabe. Conhece. Novo atacante do Ceará: Rafael Costa. Ingressos populares a R$ 10,00. São as primeiras medidas tomadas pela diretoria, visando a uma reação. Falei primeiras medidas, pois apenas estas não bastam. Agora é esperar pelos efeitos que daí advirão. Tempo ao tempo. E o desejo de boa sorte.

Coletiva

O Ceará precisa de serenidade para contornar os percalços que aí estão. O presidente Evandro Leitão mostrou-se indignado com críticas injustas e mentirosas que diz ter sofrido, mas deveria ter citado o nome ou nomes dos que causaram a sua indignação. A rigor, só vitórias e gols transformarão em calmaria o agitado momento alvinegro.

Exemplo

Que guinada deu o Paysandu/PA, agora líder da Série B. Um dos motivos: 100% de aproveitamento em casa. Outro motivo: manteve o técnico Dado Cavalcanti, mesmo o Papão tendo perdido o título estadual no Pará, quando eliminado pelo Remo que ganhou o segundo turno e foi decidir a final com o Independente. Mas Dado Cavalcanti continuou.

Diferença

Aqui Dado Cavalcanti foi despachado pelo Ceará em fevereiro, pouco tempo depois de contratado. Motivo: simplesmente porque em nove jogos obtivera cinco vitórias, três empates e uma derrota. O que não prestou para o Ceará serviu para o Paysandu. Já com Silas o Ceará foi bem mais tolerante: foram sete jogos seguidos sem vitória.

Prudência

Nenhum time tem melhor campanha que o Fortaleza, líder do Grupo A, 13 pontos. O vice, Vila Nova, tem nove. No Grupo B, o líder Brasil/RS tem 11 e o vice, Tupi/MG, tem também 11 pontos. Como em 2014, Marcelo Chamusca repete o positivo desempenho. Mas, como são 18 rodadas (faltam 13 ainda), não fala em classificação antecipada para o mata-mata. Está certo.

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