Tom Barros

Reação da torcida

É natural que ganhem mais espaço as manifestações alvinegras em protesto pela atual posição da equipe na Série B. A cada jogo uma expectativa. Pela conquista do título de campeão do Nordeste, todos esperavam um Ceará líder. Mas nada disso acontece. Como o time não melhora, a apreensão cresce. Questão é manter dentro dos limites do respeito qualquer ato do torcedor. Uma coisa é cobrar. Outra coisa, bem diferente, é insultar. Não confundir uma com a outra. Estão separadas pela conduta e pelo objetivo. Quem protesta de forma ordeira merece a aceitação. Quem protesta com agressões merece repressão policial. Compreendo que, em situações assim, o melhor caminho é o diálogo, mas dificilmente os mais exaltados aceitam conversar. Fica difícil.

Resposta

Não basta apenas a diretoria do Ceará contratar. Há urgente necessidade de resposta positiva em campo por parte dos contratados. Aí estão Roger, Roniery, Eron, Baraka, Ricardo Conceição, Vinícius e Rodrigo Silva. Tudo bem. Mas até o time alcançar o padrão ideal não deixará de haver pressão, máxime em cima desse novos integrantes.

Tempo

Não será da noite para o dia que os novos contratados alcançarão a melhor produção. Há necessidade de tempo para os devidos ajustes. Ainda assim a paciência do torcedor é muito curta e movida pelos números da classificação. Quanto mais próximos da zona de rebaixamento, maior será a revolta da torcida.

Recordando

Morreu meu querido amigo Cristiano Santos, coordenador do Memofut/CE. Na foto, ele, de óculos e camisa alvinegra, quando em dezembro de 2014 prestou homenagem ao ex-zagueiro do Ceará, Alexandre Nepomuceno. Cristiano foi vítima de câncer. Deixa uma lacuna no campo das pesquisas do futebol. Fica a imensa saudade desse meu inesquecível amigo de infância na Gentilândia. Que Deus o receba.

Pontos

O Fortaleza tem sabido contornar com eficiência alguns senões que incomodavam a torcida. A substituição de Deola é o exemplo maior. O goleiro foi afastado. O substituto Erivelton pode ainda não ser o ideal, mas o time cuidou de livrar Deola de novos erros que poderiam comprometer o projeto de ascensão do clube.

Tarefa

O Leão ficou por um tempo sem o seu símbolo maior, Corrêa. Mas o técnico Marcelo Chamusca logo cuidou de armar um modelo capaz de manter a sustentação que Corrêa representava para o setor. Não tinha um jogador para fazer exatamente o que Corrêa fazia, mas a distribuição de tarefas cobriu a necessidade do clube.

Vida que segue

Vladimir de Jesus faz parte da nova geração de técnicos que atuam no futebol cearense. Mineiro, de Belo Horizonte, está com42 anos de idade. É formando em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais. Treinou Guarany/S e Icasa. Neste, sentiu o gosto amargo da injusta demissão. Jovem, ele logo aprenderá a conviver com a rotatividade do cargo.

Roubalheira. O cargo de presidente, seja da República, seja de confederação ou time de futebol, seja lá de que tipo for, há provocado nos ocupantes uma reação incrível: quando o assunto é corrupção, eles não sabem de nada e nem ouviram falar. Joseph Blatter, renunciante presidente da FIFA, não sabia da corrupção na entidade. Lula, ex-presidente do Brasil nada sabia do mensalão. Dilma Roussef, presidente do Brasil, nada sabia da roubalheira na Petrobras. Pelo visto, presidente é sempre o último a saber.

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