Tom Barros

Missão maior

O Fortaleza inicia amanhã a mais importante jornada deste ano: sua participação na Série C nacional. Projeto especial, essencial, inarredável: subir para a Série B de 2016. Já está na hora, ou melhor, passando da hora. Não há mais como admitir o tricolor, com a imensa torcida que tem, o título de campeão estadual e ótima estrutura, seguir vagando pelos campos e campinhos onde muitas vezes são disputados os jogos da terceirona. O Fortaleza qualificou-se. Ganhou confiança. Este ano, em confrontos com dois times da Série A, no caso Sport/PE e Coritiba/PR, nivelou-se a eles e só foi eliminado nos pênaltis. Isso indica que, na produção, pode buscar objetivos mais ousados. Agora cabe espantar os fantasmas do mata-mata que não passam de boba superstição.

Histórico

O Fortaleza caiu para a Série C em 2009, junto com Juventude/RS, Campinense e ABC. Vem, portanto, disputando a Série C desde 2010. Já passou cinco anos de sufoco. E entra agora no sexto ano de desconforto. É demais para a história de um time que tem tradição, inclusive com dois títulos de vice-campeão da Taça Brasil. É hora de subir.

Os traumas

Superar superstições é obrigação. Sei que ficaram traumas das eliminações incríveis para Oeste (2012), Sampaio Correia (2013) e Macaé (2014). Todas as eliminações em casa. A primeira no PV e as duas últimas no Castelão. E todas com os estádios superlotados. Mas esses traumas têm de ser superados. Páginas viradas.

Recordando

2005. E assim se passaram dez anos... Antes de um treino do Ceará, o técnico Valdir Espinosa (de boné preto) fala aos atletas em Porangabuçu. Tempos depois, ele também treinou o Fortaleza, que demitira Hélio dos Anjos. Foram rápidas as passagens de Espinosa pelo futebol cearense. Em 2006, dirigiu o Flamengo. Como técnico, Espinosa foi campeão da Copa Libertadores e campeão mundial interclubes pelo Grêmio/RS em 1983.

Segundo passo

Na Série B nacional o Ceará faz hoje a sua estreia em casa diante do Atlético Goianiense, 21h, no Castelão. Na estreia fora de casa ficou devendo. Perdeu para o Paraná. A necessidade de vitória é dupla. Uma segunda derrota seguida certamente gerará desconfianças e comprometimento da autoestima do grupo.

Visitante

A propósito de Luís Carlos, a observação tem uma razão de ser: o Atlético costuma usar lançamentos pelo alto na área adversária. Foi assim que ganhou do Boa na estreia pela Série B. Pedro Bambu, improvisado de lateral, cruzou na medida para o aproveitamento do atacante Artur, que assinalou o gol da vitória (1 x 0) no Serra Dourada.

Mais atenção

Luís Carlos é bom goleiro, mas precisa ficar mais atentos nas bolas alçadas na área alvinegra. No gol de empate do América/MG no Estádio Independência em Belo Horizonte, Luís Carlos saiu errado, de forma atabalhoada, comprometendo a situação. Não é a primeira vez que comete equívoco assim. Defeito perfeitamente corrigível.

Prejuízos

Li no site do ESPN: no balanço das contas de 2014, as Federações de Futebol do Pará, Pernambuco, Amazonas, Acre, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Minas Gerais, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás tiveram lucro. No prejuízo ficaram as Federações do Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Não publicaram balanços as Federações da Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Mato Grosso. Por que algumas conseguem bons lucros e outras não? Mote para refletir.

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