Tom Barros

Valorização do clássico

Após a rodada deste fim de semana pelo Campeonato Cearense, as atenções estarão voltadas para o clássico, o quarto do ano, entre Fortaleza e Ceará. Faço agora apreciações divididas em dois motes diferentes: a primeira, pelo resultado; a segunda, pela produção. Quanto aos resultados dos três jogos, tudo igual: um empate e uma vitória para cada. Quanto à produção, aí a balança pesa favorável ao Fortaleza. Explico: no primeiro jogo, dia 4 de fevereiro, o Leão foi muito melhor, máxime no primeiro tempo. O jogo terminou empatado. Na segunda partida, dia 28 de fevereiro, show de bola e vitória do Ceará, que até poderia ter goleado. Terceiro jogo, 7 de março, mais uma vez a produção do Fortaleza foi melhor. Venceu, quebrou tabu de 13 jogos e ganhou confiança para o próximo.

Recordando

Copa do Mundo de 1962 no Chile. A partir da esquerda: Pelé, Didi e Zito. Detalhes: Didi e Zito atuaram em todas as partidas. Zito, inclusive, fez um dos três gols da vitória (3 x 1) sobre a Tchecoslováquia na final da competição. Pelé atuou contra o México, quando fez um dos gols da vitória brasileira por 2 a 0, e contra a Tchecoslováquia na partida das oitavas. Nesse jogo Pelé se contundiu e não mais atuou na Copa.

Liderança

O Fortaleza tem a segunda melhor campanha de todos os grupos da Copa do Nordeste. Na frente do Leão só o Vitória/BA com 12 pontos. Verdade que o Sampaio Correia tem 11 pontos, mesmo número de pontos do Leão, mas o caso ainda comporta apreciação pela Justiça Desportiva. Fortaleza, líder do Grupo D, joga por um empate com o Ceará para seguir líder.

Liderança II

A propósito de liderança, o Fortaleza tem tido campanhas significativas nas fases classificatórias de todas as competições nacionais e regionais. Sempre termina líder. Agora poderá repetir o feito. Desafio é ultrapassar o bloqueio que o trava quando sai para outro sistema de disputa. O atual exercício é bom para encarar a Série C Nacional com o seu mata-mata.

Tiro de meta

Há alguns dias o goleiro Jhonatan, do Operário, fez um gol de tiro de meta no jogo com o Nacional pelo Campeonato Paranaense. O pesquisador Eugênio Fonseca lembra que no dia 19 de setembro de 1970, o goleiro Ubirajara, do Flamengo, fez também um gol de tiro de meta na vitória sobre o Madureira por 2 a 0, Campeonato Carioca.

Terceiro caso

No Brasil, o gol de tiro de meta marcado por Jhonatan é o terceiro da história. Além do gol de Ubirajara, do Flamengo, citado no tópico ao lado, o pesquisador Eugênio Fonseca lembra que houve o gol de tiro de meta marcado pelo goleiro Eduardo Martini, do Avaí, na vitória (3 x 1) sobre o Paraná, Série B do Brasileirão de 2008.

Opção

Todo time deve ter uma opção de tiros fortes de fora da área, principalmente quando pega retrancas. No Fortaleza, Pio é o nome. Ele pode, inclusive, tentar mais vezes conclusões desse tipo. E mais: quando a bola não entra direto, não raro o goleiro a solta, permitindo aproveitamento dos demais atacantes. No futebol cearense ainda é muito baixo o número de gols assim.

A queda

Etapas da vida. No futebol todos os times passam por situações semelhantes: início, ápice e queda. O Horizonte seguiu esse caminho. Nas mãos de Argeu dos Santos o início brilhante. Agora o rebaixamento. Do Clenilsão ao Domingão, o salto de qualidade. Do Campeonato Cearense à Copa do Brasil, a vitrine nacional. Flamengo e Palmeiras jogaram em Horizonte. Transmissão ao vivo para todo o país. Tempo de projeção. Hoje, apesar da boa estrutura, Horizonte caiu. Lamentável.