Tom Barros

Incômodo empate

Pela força de um elenco maior e mais caro, imaginei um Ceará superior ao modesto Guarani/J. Quando a bola rolou, outra a impressão. O Ceará mais presente, mas sujeito a contra-ataques que levavam perigo, ora com Roberto Jacaré, ora com Gleydson. A ação de Ricardinho, Eloir e Marco Aurélio não conseguia se impor. E a troca de passes não resultava em situações de gol. Assis e William também não estabeleciam alguma diferença. O gol do Ceará, Eloir, teve pronta resposta com o gol de Jacaré (1 x 1). Na fase final, o Guarani voltou melhor e virou o jogo com Walclício (1 x 2). Mas o Ceará retomou o domínio a partir do gol de Ricardinho (2 x 2). Vozão ganhou lucidez com a entrada de Uillian Correa. Teve três chances para ganhar em conclusões de Willam. Mas disso não saiu. Foi pouco.

Embaraços

O Ceará mostrou-se confuso na proposta. Tímido o apoio de Cametá e Tiago Costa. Defesa alvinegra, com Gilvan e Charles, insegura nos contra-ataque do Guarani. No gol de Walclício, o incrível choque de Gilvan e Samuel Xavier. Desta vez, nem a entrada de Magno Alves fez a diferença na linha de frente. O Guarani, fechado, cumpriu bem a parte que lhe cabia.

Observações

Irregularidade no gol de Eloir, que subiu apoiado no zagueiro do Guarani. Houve falta. // Jacaré impedido ao marcar empate (1 x 1) do Guarani. //O atacante William perdeu três grandes chances, duas de cabeça, na cara. Parece ainda em busca de seu espaço. // Quando Uillian Correa entra, as definições ficam bem claras. Como joga bonito. Mote para Dado Cavalcanti examinar.

Foto batida no Estádio Rasunda, em Estocolmo, na Suécia, no dia 15 de agosto de 2012. A partir da esquerda, com a camisa da Seleção Sueca, estão os brasileiros campeões mundiais de 1958 Mazola, Pelé, Zito e Pepe. Eles, como convidados, assistiram ao jogo Suécia 0 x 3 Brasil na despedida do Estádio Rasunda, palco da final da Copa de 1958. Esse estádio foi demolido meses depois desse encontro de 2012. Foto enviada por Elcias Ferreira.

Astral

Quem viu o tenso ambiente no Pici, inclusive com Nedo Xavier a perigo, depara-se agora com uma situação bem confortável. Ainda que a produção tricolor na vitória (1 a 0) sobre o Icasa não tenha sido tão brilhante quanto à do empate com o Ceará, o conjunto dos dois recentes jogos trouxe astral altamente positivo ao grupo.

Sem privilégios

Apesar de ter perdido a liderança, o Icasa tem ainda a vantagem de fazer dois jogos: um com São Benedito (Romeirão) e outro contra o Quixadá. Poderá chegar aos 16 pontos. O Fortaleza só alcançará 15 caso vença o Horizonte no Domingão. Mas, pelo regulamento, líder, 2º e 3º de cada grupo entram na segunda fase em igualdade de condições.

Opção

Pio na lateral-direita do Fortaleza. Mas, como diria o radialista Maurício Otoni, esse jogador, com o "bombaço" que tem, poderia muito bem ser melhor aproveitado na meia-cancha. A propósito de Pio, ele vem mostrando como se cobra pênalti: um canhão na direção do gol. Nada de "no canto, rasteiro e com efeito", como recomenda o narrador Gomes Farias.

Tristeza. Morreu o jornalista Marcus Nunes que por mais de uma década dirigiu o telejornalismo da TV Verdes Mares. Sensato, equilibrado, corajoso, tenaz. Sangue de jornalista. E jornalista de combate a posicionar-se diante dos fatos e diante da vida. Foi meu diretor, meu vizinho, meu amigo. E amigo desde a infância porque a mãe dele, Cecília, e a minha mãe, Mazé, trabalhavam no Banco Frota Gentil. O querido Marcus partiu. Ficou. Fica guardado nos corações como devem ficar os homens decentes e bons.