Balança, mas não cai
Vida de treinador. Glorificado, amaldiçoado. Bom, ruim. Competente, incompetente. Aplaudido, vaiado. Amado, odiado. Ora levado nos braços na euforia das vitórias, ora demitido por telefone. Tem conquistas efêmeras e fracassos eternos. Os títulos ganhos logo são esquecidos; os títulos perdidos sempre lembrados. Mestre, discípulo. Professor, aluno. Sábio, idiota. Gênio, burro. Pronto: burro. Eis a palavra mais ouvida nos estádios: burro, burro, burro. Em coro: burro, burro, burro. E o indefeso ali, à beira do gramado. Dificilmente um perde a paciência e manda banana para a torcida. Há treinadores que superam tudo isso: os Guardiolas da vida. Ainda assim também já passaram por apertos. E igualmente, como Nedo Xavier, já experimentaram um balança, mas não cai.
Recordando
Aquele abraço. O menino Pelé, Edson Arantes do Nascimento, então com 17 anos de idade, abraça o capitão da Seleção Brasileira após a vitória sobre o País de Gales por 1 a 0, gol dele, Pelé. Bellini estava com 28 anos de idade, pois nascera no dia 7 de junho de 1930 em Itapira/SP. Bellini morreu no dia 20 de março de 2014. Foi campeão carioca pelo Vasco em 1952, 1956 e 1958. Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958.
"Agraciados"
Os treinadores só têm uma vantagem: suas mães não são como as mães dos árbitros. Estas ofendidas sempre; aquelas mais poupadas. Mas vez por outra os treinadores também escutam insultos às suas mãezinhas queridas. De qualquer forma, é o preço. A propósito, a maioria dos treinadores ganha boa grana. Parece que os insultos vão no pacote.
Sem culpa
Nedo Xavier não tem culpa do que está acontecendo no Pici. Não é milagreiro. Como poderia, sem os principais reforços, montar em 15 dias um time perfeito. Se conseguisse, seria um fenômeno e logo estaria na Seleção Brasileira. Se já é complicado pegar o bonde andando, imaginem com o bonde andando montar um time de futebol? Complicado.
Debate Bola
Hoje, às 7 da noite, na TV Diário, o Debate Bola ao vivo. No transcorrer do programa o repórter Lucas Oliveira entrará direto do PV, analisando o jogo Ceará x Guarany. O telespectador, via e-mail ou Twitter, escolherá o gol mais bonito da rodada e escolherá também qual o melhor goleiro da competição até aqui. Conto com você.
Vitória
Pelas circunstâncias, amanhã se tornou obrigatória uma vitória do Fortaleza sobre o São Benedito. Só assim haverá alívio de tensões no Pici. O adversário do Leão tem a pior campanha do certame, zerada. Assim mesmo, deu um susto no Fortaleza no jogo de ida, quando perdeu por 3 a 2, mas chegou a empatar (2 x 2). Alerta geral.
Mansidão
Treinador incapaz de gestos de indelicadeza foi Vicente Feola, campeão mundial no primeiro título da Canarinho conquistado na Copa de 1958 na Suécia. Sereno, amigo, cordial, aberto ao diálogo, vencedor. Para mim, modelo ideal. Simples no agir, competente nas soluções. Sem a pose, os espalhafatos, a boçalidade e as bobagens de alguns treinadores de hoje.
Teimosia
Já que resolvi dedicar espaços desta coluna aos treinadores, é de praxe incluir a teimosia deles. Quase todos são teimosos. E quando sustentam que areia é água quem está perto termina se molhando. Há outros, de coração empedernido, que não aceitam nem críticas, nem sugestões, nem insinuações. Nada. E brigam até com as legítimas imagens das TVs. São os treinadores cabeça-dura, incapazes de humildemente assumir seus lapsos. Nestes casos, além da teimosia, arrogância manda lembrança.