Tom Barros

Significativa diferença

O Ceará enfrenta hoje no Estádio Presidente Vargas o Guarani de Juazeiro. Levando em consideração o elenco e a estrutura de cada time, não há como fazer qualquer tipo de comparação. Ainda que o alvinegro siga preservando alguns valores, tudo lhe é favorável. A propósito, sobre a questão do rodízio alvinegro, a lição tomada pelo Ceará na derrota de virada para o Guarany em Sobral ainda está bem viva na mente do torcedor. A comissão técnica, creio, cerca-se agora de maiores cuidados na avaliação das consequências decorrentes da saída e entrada de atletas na formação principal. É patente que o time com João Marcos, Ricardinho e Magno Alves torna-se mais ajustado já pela sintonia de tanto tempo em conjunto. Quando sem eles é natural que o time perca um pouco a automação.

Recordando

1959. No PV desfile antes do Torneio Início do Campeonato Cearense. Estão na linha de frente, a partir da esquerda, os árbitros Vicente Trajano, Raimundo da Cunha Rola (Rolinha) e, um pouco atrás José Cavalcante. Detalhes: Vicente foi jogador campeão do Norte pela Seleção Cearense em 1954. Rolinha também foi bom jogador de futebol, pai dos meus amigos, médico Kit Rola e odontólogo Bill Rola. (Acervo de Elcias Ferreira).

Severo

O dirigente do Guarani de Juazeiro, ex-goleiro Severo, há me surpreendido positivamente. Eu o conheci quando ele ainda era atleta. Aliás, ótimo goleiro, profissional responsável. Já agora fico feliz ao vê-lo com tanta sensatez no trato das difíceis questões do clube. Ajustou receita e despesa. E montou um time dentro da realidade financeira. Severo e austero.

Mais fragilidade

Se o Guarani já enfrenta uma série de percalços, calculem com as expulsões de Ricardo, Roberto Baiano e Bebeto. Mais dor de cabeça para o técnico Washington Luiz que dispõe de limitado grupo. E tudo isso logo diante do favorito Ceará que se dá ao luxo de promover rodízio de jogadores.

Só mesmo muita dedicação para manter o Guarani/J em ação.

Aproveitamento

Foram gastos milhões com a modernização do Estádio Castelão para a Copa do Mundo 2014. Lindo, maravilhoso. Mas quem está dando as cartas é o velho/novo PVzinho de açúcar. Quebrou a cara quem pensou que o PV seria aposentado. Aí está funcional, acolhedor, palco dos jogos na capital. E o Castelão lá, paradão.

Decisão

A Copa São Paulo de Futebol Junior começou com 104 clubes, inclusive Ceará e Fortaleza. Agora chegou às semifinais com quatro times paulistas: São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Botafogo/SP. Ao longo dos anos a competição inchou e perdeu a característica original. Não sei mais se vale a pena participar. Mote para reflexão.

Tiros longos

Eusébio, que retornou ao Ceará, tem, dentre suas boas qualidades, uma que poderá aperfeiçoar. Indiscutível sua eficiência como ala e como meio-campista. Mas ele tem uma característica que até agora os treinadores pouco aproveitaram: os tiros longos e fortes de fora da área. Eusébio poderia arriscar mais vezes. Eusébio parece meio tímido neste tipo de conclusão.

Homenagem

O pesquisador Eugênio Fonseca vem fazendo um resgate dos nomes da arbitragem do futebol cearense nas primeiras décadas. Já divulguei a lista da década de 1920. Hoje, inicio a lista da década de 1930: Antonio dos Santos, Jurandir Machado, Raimundo da Cunha Rola (Rolinha), José Liberato, Valdomiro Brasil, José Félix de Lima, Ivan César Ramos, Augusto de Castro, Valdemar Santos, Raimundo Cavalcante, Manuel Damasceno, Oscar França. Amanhã, a continuação.