A eterna dependência dos treinadores

Quando os jogadores erram em sequência, o treinador paga. Marcelo Chamusca tinha ganho fôlego com o empate diante do Flamengo. No jogo seguinte, estava perdendo do Sport na Ilha. Aí, Ederson empatou. Seria o começo da salvação de Chamusca. O Fortaleza tinha o controle do jogo e poderia virar o placar. O VAR descobriu que o calcanhar do Ederson estava à frente do zagueiro pernambucano. Gol anulado. Chamusca caiu. Motivo da queda: o calcanhar do jogador. Rogério Ceni foi mantido no Flamengo depois da derrota para o Ceará. Ganhou tempo para respirar. Lembrei do programa humorístico “Balança, mas não cai”, sucesso na Rádio Nacional do Rio de Janeiro nas décadas de 1950 e 1960. Como balançam os treinadores no Brasil. Pedro, do Flamengo, perdeu três gols diante do Ceará. Ceni quase foi mandado embora por isso. Ceni continuará na dependência não apenas dos erros dos atletas, mas também na dependência dos erros do VAR. Se detectar um calcanhar à frente, anula. Se um dedão do pé, anula. Enderson Moreira empatou com o Grêmio. Foi bem na estreia. O calcanhar de aquiles do Fortaleza é o ataque, não o do atacante Ederson. 

Correção de rumo 
Como, em tão pouco tempo, Enderson fará o ataque tricolor reencontrar o gol? É o desafio. São jogadores bons. Não faz muito, esse mesmo ataque tinha altivez, intensidade, energia, competência. Pode sumir tudo de uma vez? Não. O desgaste fez cair a produção, mas no Fortaleza foi demais. 

Voltando 
O Fortaleza terá de volta jogadores importantes como Tinga, Juninho e David, que já deixaram a marca de suas competências na assinatura de tantos gols. Deles também a torcida espera a retomada geral, ou seja, não apenas no desempenho, mas, e principalmente, nas conclusões. 

Postura 
É claro que o Fortaleza não vai de peito aberto enfrentar o Internacional no Beira-Rio. Certamente fará jogo semelhante ao que fez diante do Grêmio, ou seja, fechado. Assim, a arma de contra-ataques será a opção. Nesse caso, David, Juninho e Tinga retornam no momento ideal.