A condição física levada ao extremo

Hoje, Ceará x Palmeiras, no Allianz Parque, pela Série A. O Alvinegro terá um adversário visível, o Verdão; e um invisível, o cansaço. No clássico, Charles tinha o semblante de quem estava buscando a últimas reservas de energia numa bateria desgastada. Fernando Sobral estava à procura de um respirador, mesmo sem padecer de Covid-19. Quanto ao padrão de futebol, claro que o Palmeiras vive fase melhor. Não me refiro à colocação (4º lugar), mas à produção. Mas é bom lembrar que houve algumas surpresas. O Palmeiras, em casa, empatou com dois times nordestinos: 2 x 2 com o Sport e 1 x 1 com o Bahia. Outro detalhe: o Palmeiras é chegado a um empate (1 x 1 com o Flamengo, 1 x 1 com o Grêmio, 2 x 2 com o Sport, 1 x 1 com o Internacional, 1 x 1 com o Bahia). Se o Ceará conseguir administrar as energias, certamente encontrará sobressalentes para este confronto. Outro problema do Ceará é a oscilação. Fez bela partida na vitória sobre o Flamengo (2 x 0), mas sumiu em Bragança Paulista. Eliminou o Brusque com duas belas vitórias, mas tropeçou diante do lanterna Goiás. Em tudo, porém, uma verdade: o Ceará tem tido a sua condição física levada ao extremo.

Favorito

Amanhã, o Fortaleza recebe o Atlético de Goiânia. O momento é muito favorável ao tricolor cearense. Há jogadores no ponto como o goleiro Felipe Alves, Paulão, Felipe, Juninho, Osvaldo e Romarinho. E outros que estão entrando muito bem como Yuri César e Marlon. Ronald chegou e logo se estabeleceu.

Advertência

O Atlético de Goiânia (13º) tem campanha semelhante à do Ceará (12º). Igual índice de aproveitamento: 38.9%. Mas o Ceará está na frente por uma vitória a mais e melhor saldo de gols. Lá estão o técnico Vagner Mancini, o meia Chico e o atacante Hyuri (os três ex-Ceará). Advertência ao Leão: na quarta-feira, o Atlético empatou com o Corinthians em pleno Itaquerão.

Explicação

Li atentamente os motivos pelos quais o Ferroviário não pode levar para o Estádio Elzir Cabral, de sua propriedade, os jogos da Série C. Faltam adaptações em virtude de reformas. Tudo bem. Inadmissível, porém, é a retirada coral do Castelão. Não passa de uma piada sem graça a CBF argumentar que é para preservar o gramado.