Quer intriga comigo? É só me interromper na hora da novela!

Você não? Ah, para com isso! Assume logo de uma vez que uma boa novela tem seu valor! Eu sei que hoje em dia, você pode assistir depois, mas não tem o mesmo gostinho de ver na hora da exibição. Como sei, também, que é impressionante, como as pessoas adivinham que é aquele horário que precisam, urgentemente, em falar com você! Vai para lá!

“Ow”, mas que eu tenho muita raiva disso. Atendo não. Atendo nada! Acho um verdadeiro absurdo! É o meu momento de entrar naquela ficção.

De um tempo para cá, não é toda a novela que ganha esse espaço vip na minha agenda. Tenho achado os enredos chatos, violentos e sem sentido.

Cadeira cativa tem as novelas do Manuel Carlos, com o Leblon como cenário e diálogos maravilhosos dos personagens! Quem me acompanha por aqui, entende.

Vejo cada personagem todas às vezes que estou pelo bairro carioca. Sabe que outro dia encontrei com o Maneco no Bar Lagoa? Estava sentado com a família, comemorando o aniversário de um parente e, por um “tris”, não fui lá falar com ele. Eu ia falar o que, né? “Afe”! “Ow” coisa mais cafona! Fiquei olhando de longe e me sentindo totalmente enturmada na realidade da vida carioca que ele me faz sentir na novela. Foi ótimo algumas horinhas no mesmo ambiente ao lado do Maneco!

Parece besteira, mas viver um pouco das cenas de novela faz um bem danado. Caminhar pelo Leblon “helenando”, ah, tem sua bossa.

Agora, meu novo vício é assistir “Nos tempos do Imperador”. Adoro a história do Brasil. Além disso, o erre jota, também, é o lugar da trama, que preserva muita coisa da época do império.

Ademais disso, é um período com muitas mulheres fortes, interessantes e, no folhetim, tem um romance mais para os dias atuais que, talvez, para aqueles que aconteciam na época.

Sim, porque a gente tem que compreender a história voltando no tempo. Há fortes suspeitas que o grande amor de D. Pedro II foi a Condessa de Barral. Porém, essa mulher forte, com posicionamentos firmes pessoais e políticos, preceptoras das princesas, era respeitada pelo Imperador.

De certo que um flerte existiu, mas, muito mais dele que dela. Ela era 9 anos mais velha que ele e isso, naquele tempo, fazia muita diferença. Se algo aconteceu, foi após ter ficado viúva e olhe lá!

Só que questionar isso, agora, quando se tem Mariana Ximenes e Selton Mello no papel é desromantizar a minha novela que gosto tanto de ver. Eu quero mais é viver essa ilusão por 50 minutos, suspirar pelo amor correspondido e bater palmas no final.

Quero, também, é assistir à novela todinha, sem que ninguém tenha a coragem de interromper, sob pena de intriga-se comigo para os próximos capítulos!

Como hoje é domingo, não tem novela, façamos as pazes e “Dominguemos, Amém!