Com o mercado esperando muitas instabilidades em 2022, alguns investidores podem ficar receosos de aportar em opções mais voláteis, como ações e fundos de investimento em renda variável. Mas, apesar do risco, as startups podem ser uma boa escolha para este ano, segundo Diogo Rolim, CEO da IDun, que apontou algumas maneiras de inserir nesse cenário.
De acordo com Rolim, com o avanço da pandemia, as empresas de tecnologia têm ganhado mais importância no mercado mundial e estão oferecendo mais soluções para os problemas cotidianos, fato que pode impulsionar o crescimento de startups nos próximos anos.
"Isso está sendo muito discutido porque é ano de eleição e o cenário macroeconômico considerando a bolsa que tem uma saída de capital, e pela pandemia de covid, houve uma busca por empresas de tecnologia. E nesse contexto, as startups têm aparecido até como opção de investimento para quem quer uma rentabilidade maior que a renda fixa, mas não quer aportar na bolsa de valores. Quem tem um apetite pelo risco, tem procurado diversificar os investimentos e essa", explicou.
Valores de aporte
Segundo o CEO da IDun é possível investir em startups de forma mais moderada, começando com até R$ 1 mil, ou até entrar no mercado como investidor anjo, com valores no patamar de R$ 500 mil. O montante, claro, deverá depender do orçamento e do apetite ao risco do investidor.
Para investir em startups, Rolim recomendou buscar instituições com projetos de encubação ou aceleradoras, ou entrar em contato com fundos de investimento em empresas do setor, que podem ser acessados por bancos ou outras instituições financeiras. Os valores investidos podem variar entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.
Para quem quer investir valores menores, o CEO da IDun apontou que existe a opção de fundos de financiamento coletivo (crowdfunding), para quem deseja fazer aportes menores, de cerca de R$ 1 mil.
Veja opções para investir em startups
- Fundos de investimento
- Virar investidor anjo
- Fundos de financiamento coletivo
- Aportar em projetos de aceleração ou encubação
Mitigando risco
Contudo, é importante pesquisar bastante sobre o histórico das empresas para tentar mitigar o risco do investimento. Buscar startups que já tenham sido aceleradas ou já estão atuando há um certo no mercado podem ser boas opções.
"O ecossistema está mais maduro até pela questão do apoio financeiro, com fundos de apoio com o Sebrae, BNDES, e fundos de investimento. Mas para o investidor mitigar o risco é preciso buscar empresas que já tenham investidores anjos, que já tenham passado por programas de aceleração, encubação", disse.
"Buscar por startups que estão sendo amparadas mitiga risco. Os fundos também são classificados por estágio de evolução das empresas. Mas quem quer investir valores maiores, como R$ 500 mil, é importante procurar pessoas que já estão no meio, ou buscar as aceleradoras para fazer as conexões. Temos Nina Hub e BS Inovation. E já temos uma comunidade que é a Rapadura Valley", completou.