A final do No Limite 2023 não contará com a participação do público em votação. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (7), durante coletiva de divulgação do reality show. Segundo a produção do programa, que estreia no dia 18 de julho, a mudança funcionará como uma forma de premiar, de fato, o esforço de cada participante tanto nas provas como na convivência em meio à sobrevivência na Amazônia.
"A gente optou por ter essa temporada sem a participação do público. Buscamos essa autorreferência, já que nossa primeira edição não contava com votação aberta, para trazer esse novo formato, premiando o que vai ser o melhor desempenho físico, mental e social, um conjunto dessas coisas mesmo", pontuou o diretor de conteúdo da TV Globo Gabriel Jacome.
Nova dinâmica
Agora, a final do programa contará com uma grande disputa. Quando chegar o momento, os participantes restantes disputaram o título de vencedor em uma prova, premiando o melhor "sobrevivente", no fim das contas.
Para o apresentador Fernando Fernandes, esse já era um dos "pedidos" do público em várias frentes, como nas redes sociais, por exemplo. "Tínhamos que escutar. Você cria uma estratégia como participante e não tem mais esse poder de decisão nas mãos? Vimos que o público pedia uma mudança nesse quesito", explicou.
A questão, inclusive, surgiu durante discussão sobre quais pedidos do público são ouvidos e implementados desde a reestreia do No Limite, que inicialmente trouxe às telas apenas famosos em um jogo de sobrevivência.
Nesse sentido, a própria produção do programa reforça que as mudanças têm sido uma constante no formato do reality, inspirado no norte-americano Survival. Por conta disso, as pesquisas e análises também tem ocorrido com frequência.
"Um dos diferenciais da Globo é essa capacidade de se atualizar. É tentar entender os desejos do público e transformar isso em uma curadoria. Estamos sempre investindo em pesquisa e todos os programas da grade passam por isso", reforçou o diretor.
Na Amazônia
Se o formato traz diferenças, até as paisagens mudam na nova temporada de No Limite. Agora na Amazônia, os participantes lidam com novas dificuldades e, assim, os que preparam o programa também passam por isso.
Fernando Fernandes ressalta que existe uma reflexão diante desses novos cenários. "Tudo aqui é muito difícil, mas tudo é muito lindo. Ao mesmo tempo que a Amazônia te encanta, trazendo tudo que proporciona como natureza, ela também te amedronta. Com o passar do tempo, a gente vê que tudo é no limite mesmo", diz ele sobre os episódios que estão por vir.
O ponto de tudo, ele continua, são os objetivos definidos até pela equipe do reality show. "O grande diferencial é o propósito que a gente tá tendo. Não só algo de entretenimento, a gente tem o propósito de mostrar a beleza da floresta, o quanto ela é importante para nós como seres humanos. Acho que quando você faz algo dessa maneira é muito mais prazeroso", diz.
Dentro do programa
Sem a possibilidade de votar e escolher os favoritos deste ano, o público deve integrar o No Limite com um diferencial: a possibilidade de se sentir como um participante da produção televisiva.
"Vai ser uma novidade para o público. Eles vão se sentir dentro da experiência, andando nas provas com os participantes de uma forma imersiva mesmo. É uma inovação um reality permitir isso por meio da linguagem", delimita Allan Lico, VP de Criação e Conteúdo da Endemol Shine Brasil, parceira da TV Globo em diversos realities.
A parceria citada fica cada vez mais forte, trazendo os elementos mais conhecidos de Survival para a versão brasileira. "Quem é fã do formato vai poder reconhecê-lo em diversos momentos", afirmou Allan se divertindo.
Tudo, claro, pensado antes mesmo da produção ir ao ar nas telinhas. "O espectador vai ter uma posição diferente, eles estão dentro com a gente no jogo. É uma grande novidade, porque isso vai aparecer muito na captação, nas imagens que vemos. Vai ser uma experiência muito genuína de se sentir dentro do programa", adianta Gabriel Jacome.
E se é possível citar algum adiantamento, todos eles são claros ao apontar que sim, a convivência entre os participantes ganhará novo contexto, tão importante quando as provas inventivas e complicadas que já são a cara do programa.