Manchas na pele comumente causam incômodo e quando envolvem uma condição crônica a situação é ainda pior. O melasma, por exemplo, afeta homens e mulheres e pode mexer com a autoestima quando não controlado, já que se caracteriza pela presença de hiperpigmentações acastanhadas pelo rosto ou corpo.
Geralmente, o melasma surge como manchas de cor amarronzada em diversas regiões do rosto, como buço, testa e bochechas, porém podem ocorrer também nos braços, pescoço e colo, áreas que estão mais expostas ao sol, conforme explica o médico dermatologista Guilherme Holanda.
Embora alguns fatores intensifiquem a condição, a causa do surgimento do melasma ainda é desconhecida. “Acredita-se que tenha influência hormonal, por ser mais frequente em mulheres na idade fértil e especialmente em gestantes, sendo menos comum em homens e mulheres na pós-menopausa”, detalha Guilherme.
Pessoas de origem oriental, hispânica, latino-americano ou afro descentes também apresentam maior predisposição de desenvolver o melasma. A predisposição genética também influencia no surgimento dessa condição.
O que piora o melasma?
Por ser uma condição crônica, o melasma não tem cura, por isso, alguns comportamentos podem piorar e intensificar a hiperpigmentação da pele. A principal delas é a exposição solar, que, quando feita sem proteção adequada pode causar também outras doenças. Importante destacar que neste mês acontece a campanha Dezembro Laranja, que reforça cuidados contra o câncer de pele.
“Um fator desencadeante para o melasma é a luz ultravioleta e, até mesmo, a luz visível, por isso, é essencial orientar os pacientes sobre a proteção solar adequada que envolve o uso de filtro solar potente com alto FPS que contenha proteção contra raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB)”.
Além disso, a gravidez e o uso de método anticoncepcionais hormonais podem desencadear ou piorar os quadros de manchas. “Após a suspensão dessas condições pode haver um clareamento, mas em geral elas persistem”, afirma o dermatologista.
Protetor solar mais indicado
Por isso, quem sofre com melasma precisa ter o protetor solar como melhor amigo e fazer dele item sagrado no skincare diário. Isso porque, além dos raios ultravioletas do sol, as manchas se pigmentam também com a luz visível, ou seja, de ambientes e de equipamentos eletrônicos, como computador e celulares.
“Os filtros solares comuns não protegem totalmente e, por isso, devem-se associar fotoproteção com filtros físicos, que protegem contra a luz visível também”, pontua.
Os filtros físicos possuem na composição ativos que impedem que a pele não absorva os raios porque contêm substâncias refletoras, enquanto químico age de forma mais complexa. Porém, essa diferença nem sempre é evidenciada nos produtos o que dificulta a escolha.
Assim, na dúvida, escolha os que têm cor pois ampliam a proteção contra a luz visível. Ah, a recomendação de um médico de confiança também é sempre bem-vinda.
Prevenção e tratamento
Apesar de não ter cura, é possível tratar a condição. Guilherme destaca a importância de ter um acompanhamento dermatológico com médico especialista pra que seja definida a melhor estratégia de tratamento.
"Os cuidados envolvem orientações de proteção contra raios ultravioleta e a luz visível em combinação com o uso de medicamentos tópicos clareadores podendo ser associado a procedimentos como peelings, microagulhamento e laser”, acrescenta.
Caso você nunca tenha tido as manchas acastanhadas saiba que é possível prevenir o surgimento da hiperpigmentação. Conforme o dermatologista, o uso de protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados ou chuvosos, e reaplicar ao longo do dia garante uma proteção adequada.
Outros artifícios também podem ser usados pra ampliar a proteção solar, como roupas, chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda sois.