A escolha do deputado federal Danilo Forte como coordenador da campanha de Capitão Wagner à Prefeitura de Fortaleza dá duas sinalizações sobre as estratégias políticas do União Brasil para o pleito na Capital.
A primeira é que, até o momento, o partido está fechado em torno de si mesmo para a disputa. Já a segunda, mostra um interesse de Wagner em ampliar as articulações na reta final, quando já parece improvável um acordo no campo da direita.
Com recall junto ao eleitorado da Capital, Capitão Wagner é um dos favoritos na disputa, mas está sendo desafiado por outras duas pré-candidaturas no campo da direita: André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo). Os dois nomes já foram aliados de Wagner, mas seguem caminhos individuais neste momento.
Busca por diálogo
A chegada de Danilo Forte à campanha, neste sentido, acaba sendo uma tentativa de fortalecer os diálogos com as demais forças de direita tanto em nível local, como nacional. A essa altura, certamente, apenas uma articulação nacional poderia reverter a atual condição.
As três candidaturas no mesmo campo político podem significar mais dificuldade de algum dos nomes chegar ao segundo turno, conforme já analisamos nesta coluna.
Partido ainda sem aliança
Por outro lado, mais um nome do União Brasil na coordenação de campanha de Wagner mostra, pelo menos até o momento, o partido fechado em torno de si mesmo, sem conseguir construir uma aliança para a disputa de outubro próximo.
Antes de Danilo Forte, o ex-deputado estadual Carlos Matos havia sido anunciado como coordenador do plano de governo.
Antes mesmo da campanha, a formatação de uma aliança desafia as lideranças do União Brasil. E o prazo está terminando.