Membros da área técnica da Saúde e da parte jurídica do Governo do Estado já começaram a tratar do protocolo para flexibilizar do uso das máscaras no Ceará. A medida, adotada pelo estado de São Paulo e em vigor em, pelo menos, 12 capitais brasileiras, deve ocorrer no Ceará nas próximas semanas, garantem fontes desta Coluna.
Após um pico de contaminações entre o fim do ano passado e o início deste ano, causado pela variante ômicron, medidas que já vinham sendo estudadas, para flexibilização das regras adotadas por conta da pandemia, tiveram que recuar, em todo o País, por conta do alto número casos confirmados e da busca mais intensa por assistência na rede pública e privada de Saúde.
Segundo especialistas, o fator vacinação foi decisivo para que a onda de contaminações não se transformasse em uma alta acelerada das mortes, como ocorreu nas duas ondas anteriores.
Na mesma rapidez em que a onda causou infecções, ela arrefeceu, revelam os dados observados pelo governo do Estado do Ceará para a renovação dos decretos pelo governador Camilo Santana.
Embora oficialmente o Estado ainda evite tratar do assunto, os técnicos já estão analisando os protocolos que, conforme apurou esta coluna, devem liberar, inicialmente, o uso em espaços públicos, semelhante ao que aconteceu em São Paulo, após medida anunciada nesta quarta-feira (9) pelo governador João Dória (PSDB).
Segundo informações veiculadas na mídia nacional, atualmente, cerca de 12 capitais já liberaram de alguma forma o uso de máscaras, sendo que Natal e Rio de Janeiro retiraram a regra para locais abertos e fechados.
As demais Capitais, incluindo Fortaleza, ainda adotam o uso em todos os locais. A tendência é que também nas próximas semanas, a Capital cearense passe a integrar o grupo das que liberaram as máscaras em locais abertos.
Pressão dos setores
Setores da economia já começaram a pressionar o comitê de Combate à pandemia no Estado a avaliar abolir o uso do equipamento. Segundo o colunista Victor Ximenes, deste Jornal, a Abrasel, associação que congrega bares e restaurantes, a CDL, Câmara dos Dirigentes Lojistas, integram o grupo dos que pedem a medida.
Na reunião do Comitê que ocorrerá na próxima sexta-feira, o tema deverá ser pauta. Ou seja, ainda no fim de semana, o Ceará poderá adotar a medida, após pouco menos de dois anos em vigor, por conta da pandemia.