O crescimento vertiginoso da Covid-19 em cidades e estados praticamente ao mesmo tempo, diferente do que ocorreu na primeira onda, está fazendo com que autoridades decretem medidas rígidas, como o ‘lockdown’, para tentar conter o avanço das contaminações pelo vírus.
O Brasil tem, atualmente, cerca de 10 capitais em situação calamitosa, entre elas, Fortaleza, com ocupação dos leitos de UTI em patamar superior a 90%. Em outras 10, a situação crítica é bem próxima, com ocupação entre 80% e 90%.
A quantidade de mortes nas últimas 24h, 84 no total, e a piora do quadro de ocupação dos hospitais reforçou a necessidade do decreto de isolamento social rígido em Fortaleza, e recomendação para os municípios com situação mais grave, quando funcionarão apenas atividades econômicas consideradas essenciais.
O cenário mostra que os estados brasileiros, quase todos, estão em situação muito delicada a respeito do coronavírus, inclusive, com um número de mortes que ultrapassa, pela primeira vez desde o início da pandemia, a marca de 1.900 em um único dia.
A maior preocupação, no momento, é o fato de não ter chegado ainda o pico dos casos, o que deve ocorrer em meados de março. O número de mortes no Ceará assusta as autoridades. Por conta disso, o governador Camilo Santana (PT) anunciou live para tratar da situação anunciando as medidas.
Esta coluna vem destacando que as equipes médicas orientam um isolamento rígido desde fevereiro. Entretanto, a avaliação do quadro econômico acabava levando o estado a adotar medidas restritivas, mas com menor impacto possível para os negócios.
O secretário de saúde, Dr. Cabeto, admitiu, na live, que havia de fato a necessidade de uma medida mais rígida nas últimas semanas. No entanto, o quadro geral não permitia, até então, um decreto mais duro no combate à pandemia.
O fato de São Paulo também ter decretado isolamento social rígido também acaba influenciando os outros estados, alguns dos quais, como o Ceará, que estão em situação até pior em relação a estrutura hospitalar.
Capitais com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI
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Fortaleza
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Porto Alegre
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Curitiba
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Rio Branco
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Porto Velho
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Teresina
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Natal
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Recife
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Goiânia
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Brasília