Logo que saiu a escalação do Ceará contra o Grêmio, ficou clara a estratégia do técnico Tiago Nunes em dar oportunidades aos atletas do elenco com maior representatividade no futebol. Jael, Mendoza e Fabinho (na posição original) voltaram a ser escalados, assim como Vina teve papel de liderança técnica ampliada pelo treinador, tendo como base as entrevistas coletivas.
Nunes montou o melhor time possível do Ceará... no papel. Para quem não acompanha o Alvinegro, não há questionamentos sobre os 11 que entraram em campo. No início da temporada, as contratações de Jael e Mendoza, por exemplo, foram comemoradas pela torcida. São os famosos jogadores 'de nome'. Gabriel Dias também voltou, já que é o único lateral de ofício disponível, assim como Luiz Otávio seguiu mantido na zaga.
Teoria e prática
Mas a prática foi bem diferente da teoria. Já no final da era Guto Ferreira, Jael e Mendoza perderam espaço para os jovens Cléber e Rick, que, bem ou mal, deram maior resposta que os dois primeiros citados. Apesar de ter recuperado espaço com Gordiola, Vina também amargou a reserva por várias rodadas.
Com Nunes, o camisa 29 virou peça fundamental e liderança técnica. Em campo, ainda não comprovou nada disso na temporada 2021 (com exceção do jogo contra o Flamengo).
É esperar para saber se Tiago Nunes adota a famosa estratégia da 'chance' para os medalhões no início ou se faz uma aposta efetiva. PC Gusmão, em 2009, na campanha do acesso, colocou todos os jogadores 'renomados' à época em campo para depois trocar quem não rendeu. Estabeleceu meritocracia no elenco e encontrou uma melhor formação. Um exemplo de como ter o grupo na mão e dar chance a quem realmente merece. São conjecturas. Só Tiago Nunes sabe o que passa na cabeça dele.