Os dados que temos em mãos são do Fortaleza, que, de forma elogiável e transparente, divulgou números inéditos sobre a moradia dos cerca de 13 mil sócios-torcedores do time. Mas os números podem ser extensíveis aos clubes grandes nordestinos, inclusive o Ceará.
Os dados mostram o que já se esperava. O sócio-torcedor ainda atinge um público concentrado nos principais bairros nobres de Fortaleza (a matéria completa você pode ver aqui).
De um universo de cerca de milhões de torcedores, porcentagens ínfimas aderem aos planos e participações efetivas com os clubes de futebol locais, o que mostra um potencial de consumo ainda pouco explorado.
Nem mesmo a pandemia pode ser responsabilizada, tendo em vista que em tempos áureos, quando o torcedor tinha direito a frequentar estádio, em 2019, Ceará e Fortaleza chegaram a meados de 30 mil sócios, número ainda muito inferior tendo em visto o universo de torcedores.
As motivações são complexas, mas sempre passam por avaliação dos preços cobrados e dos serviços oferecidos. É notável que os clubes se esforçam em oferecer vantagens, com clubes de descontos e atrações exclusivas, mas ainda não são suficientes para converter os aficionados.
São desafios para os setores de marketing e bom tema para estudos sociológicos e mercadológicos.