O futebol é o esporte mais popular no mundo e no Brasil por uma falsa sensação que ele proporciona. Parece ser fácil entender o universo de um time, observando os resultados em uma partida específica ou campeonato.
Em se tratando de Ceará, o caminho mais fácil ou mais óbvio começa pela posição do time na tabela da Série A. Oitavo colocado, longe da 'confusão' da briga contra o Z-4. Um campeonato em 'céu de brigadeiro' para o Alvinegro, que havia passado 11 jogos sem perder.
Pelos resultados, uma equipe sólida e competitiva, que não deve dar sustos para o torcedor. Tudo isso é o mais fácil de se observar à distância.
Outro lado da moeda
A parte difícil de enxergar, ou melhor, de aceitar, é que dentro de campo as coisas não estão fluindo de forma tão cristalina assim. Ah, mas o que importa é o resultado... Concordo, só que ainda há boas léguas de competição pela frente. A pergunta que incomoda: quanto um futebol pouco criativo pode ser sustentável em uma Série A?
De frente para a tábua de classificação, o torcedor olha e sorri. Mas ao assistir ao jogo, fica com cabelo em pé. Sem desespero, o Vovô e todo seu corpo de pensadores do futebol precisa intervir. Intervir é demitir o técnico? De forma alguma, Guto Ferreira já deu mostras que é o melhor caminho para o Ceará, pelo menos nessa temporada.
Mas é preciso observar a forma como time joga. Ainda há tempo para reforçar, principalmente a lateral-direita (Buiú está jogando o máximo que pode, diga-se de passagem). Os dois meias criativos, Vina e Jorginho, não vivem boa fase. Lima tem sido escalado alternando as pontas com Mendoza, limitando a melhor fagulha de criação alvinegra. Por falar no colombiano, já merece o banco de reservas há tempos. Contra o Corinthians, fez péssima partida defensivamente e criou poucas jogadas de perigo.
Rick merece mais oportunidades. Por incrível que pareça, é o artilheiro alvinegro na Série A com 4 gols marcados. O que mais precisa para ser titular?