Investindo seus próprios recursos, a Fazenda Flor da Serra, do empresário agropecuarista Luiz Girão, localizada na geografia da Chapada do Apodi, inaugurará, na segunda quinzena do próximo mês de dezembro, o seu terceiro estábulo climatizado que – como os dois anteriores já construídos e em uso – abrigará mais 350 vacas leiteiras.
Com mais essa benfeitoria, a Flor da Serra passará a produzir, diariamente, 30 mil litros de leite. Toda a produção da fazenda de Luiz Girão é destinada à Alvoar – antiga Betânia, fundada por ele.
Na Flor da Serra, a pecuária se desenvolve com tecnologia de ponta, e prova disto é o fato de que seus novos estábulos dispõem de enormes ventiladores que mantêm agradável a temperatura, além de um sistema de borrifação que umedece a área e, também, os animais.
Essa tecnologia é a que existe nas mais modernas fazendas empresariais de pecuária no Brasil e no mundo. Ela é um fator essencial para o aumento da produção dos rebanhos leiteiros e da produtividade das fazendas.
Luiz Girão, distante do qual passa o pecado do egoísmo, preocupa-se, também, em modernizar a atividade dos pequenos pecuaristas, para o que criou uma Fundação batizada com o seu nome, por meio da qual – com o apoio do Banco do Nordeste (BNB) – financia a compra de vacas leiteiras com melhor genética, incentivando a pecuária na região, em consequência do que vem crescendo a produção leiteira que abastece o parque industrial da Alvoar, em Morada Nova.
Com a experiência que a atividade agropecuária lhe deu ao longo da vida, Luiz Prata Girão, aos 76 anos de idade, tem muita saúde, força e disposição para fazer progredir seus negócios no campo, aos quais se dedica desde as 5 horas da manhã, quando começa a visitar os galpões de sua Flor da Serra para acompanhar a ordenha mecânica de seu rebanho.
“Sinto-me como se estivesse no paraíso toda vez que entro nos galpões e quando percorro as plantações de capim, palma forrageira, sorgo e milho, que são colhidos e ensilados para garantir a comida do rebanho ao longo do segundo semestre dos anos, o nosso período de estio. Com os volumosos ensilados, asseguramos a alimentação dos nossos animais”, diz Girão, lembrando que seu estoque é também comercializado para fazendas de pecuária no Ceará e em outros estados.
A pecuária é só uma das mais fortes e crescentes atividades econômicas da Chapada do Apodi, um pedaço do Leste do Ceará abençoado por Deus e bonito por natureza. O chão de lá, em se plantando e adubando, dá de tudo: banana, hortaliças, soja, algodão e, também, calcário, matéria prima básica para a fabricação do clínquer, do qual se origina o cimento.
Na zona rural de Quixeré, na mesma chapada, a gigante mundial cimenteira grega Titan, em associação com a família Dias Branco (50% para cada um), construiu e opera a Companhia de Cimento Apodi, uma das mais modernas unidades industriais do setor no Brasil.
É lá que outra fazenda, a Nova Agro, do empresário Raimundo Delfino, desenvolve um projeto ousado e tecnologicamente moderno de cultivo de soja e algodão.
Na safra de 2024/2025, a Nova Agro está cultivando 1.500 hectares de algodão e soja. Toda a produção algodoeira deste ano, como aconteceu na safra 2023/2024, será consumida pelas unidades industriais de fiação e tecelagem do grupo a Santana Têxtiles, localizadas em Horizonte e Fortaleza, também lideradas por Delfino.
Por falar em algodão: quando dezembro chegar, trará junto a primeira ExpoCariri, uma feira que mostrará tudo o que produz a agropecuária dos 25 municípios do Sul do do Ceará.
No mesmo evento, a Federação da Agricultura (Faec), a Federação das Indústrias (Fiec), o Sebrae o governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) apresentarão aos caririenses o projeto Algodão do Ceará, que terá aquela região cearense como seu foco especial.
Na ExpoCariri, produtores que vieram de Mato Grosso já desenvolvem soja e outras culturas como providência para preparar o solo para o cultivo do algodão, previsto para daqui a dois anos.