Em mensagem a esta coluna, a gigante australiana Fortescue informa que o projeto de construção de uma planta de Hidrogênio Verde da empresa no Brasil, “que será desenvolvido no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, recebeu o apoio da Diretoria da companhia por meio da decisão antecipada de investimento e se encontra, neste momento, na fase de viabilidade”.
Uma fonte da empresa disse que, até o fim deste ano, serão iniciadas as obras de terraplenagem da área de 120 hectares que ela reservou na ZPE do Pecém, em cuja geografia será localizado o Hub do Hidrogênio Verde.
Na mensagem à coluna, a Fortescue destaca que o seu Projeto Pecém está entre os prioritários do seu portfólio no mundo, alinhado com seu objetivo de descarbonização da indústria.
“À medida que a mudança climática avança, o que acontece rapidamente, a única escolha deve ser parar de usar combustíveis fósseis”, como afirma o chairman executivo da Fortescue, Andrew Forrest.
“A energia verde é o único recurso que pode ser desenvolvido de forma rápida. A expansão da energia verde da Fortescue levará apenas alguns anos, enquanto outros levarão décadas”, acrescenta ele.
Diz ainda a mensagem que “a Fortescue observa no Brasil um grande potencial para seu projeto, devido à disponibilidade de energia renovável, infraestrutura e seu capital humano”.
E avança:
“Recentemente, a aprovação do PL 2308/2023 no Congresso Nacional, que estabelece o Marco Legal e a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, representa um passo fundamental para a indústria. O PL segue agora para sanção presidencial e, posteriormente, sua regulamentação.
““O Brasil fez um importante avanço na regulamentação de uma indústria que protagonizará a descarbonização e a transição energética nacionais, passos fundamentais para a neoindustrialização verde da economia brasileira. A cadeia de valor do H2V abrange todo o país e beneficiará diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação, por exemplo. O Brasil está no rumo certo”, de acordo com a opinião do gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, Sebastián Delgui.
A mensagem prossegue:
“A empresa continuará avançando nos projetos Arizona Hydrogen, nos Estados Unidos, e Gladstone PEM50, na Austrália, que receberam decisão final de investimento.
“Neste momento, a Fortescue está trabalhando nas últimas definições e ajustes do projeto de engenharia que serão importantes antes de iniciar a preparação da área da planta de hidrogênio verde, cumprindo com todas as normativas socioambientais. Por outro lado, a Fortescue está discutindo com atuais e possíveis fornecedores detalhes do projeto e, assim, seguir avançando com a contratação de serviços e produtos locais necessários para seu desenvolvimento.
"A companhia recebeu recentemente a autorização da autoridade ambiental do Estado do Ceará, a Semace, para iniciar as obras de preparação do terreno e espera anunciar em breve a data de início das obras de preparação do terreno, que devem começar até o final do ano.
Como parte de sua transparência, a Fortescue continuará a comunicar o progresso de seu projeto e suas atividades às partes interessadas locais à medida que avança nas definições do projeto."