Passaram-se já sete dias deste janeiro do Ano Novo de 2023, e, como acontece sempre nesta época do calendário gregoriano, surge a pergunta tradicional: Teremos chuvas abaixo da média, na média ou acima da média histórica?
Na segunda quinzena de janeiro, o presidente da Funceme, engenheiro Eduardo Sávio Martins – mantido no cargo por feliz decisão do governador Elmano Freitas - apresentará, primeiro, para o seu hierarca e, em seguida, para a imprensa, as previsões científicas lastreadas em informações das redes de satélites às quais seu organismo é vinculado.
Há menos de um mês, três cientistas de renome nacional – Luís Carlos Molion, Francisco de Assis Diniz e o próprio Eduardo Martins – reuniram-se em Fortaleza, a convite da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), com produtores rurais cearenses aos quais anteciparam seus prognósticos sobre a próxima estação de chuvas.
Os três foram unânimes nas suas previsões: neste ano, o Ceará terá uma estação de boas chuvas, de acordo com o que indicam as informações dos satélites analisadas pelos três cientistas.
Mas os cearenses que produzem no campo terão de sustentar seu estado de ansiedade por mais 10 ou 15 dias, quando a Funceme – como o faz anualmente – revelará o que o clima tem guardado para este estado, cuja agropecuária depende da chuva.
Para agravar essa ansiedade, o volume dos principais açudes do Ceará está baixando. O Castanhão, maior reservatório do estado, acumula 1,34 bilhão de m³. Sua capacidade total de acumulação é de 6,5 bilhões de m³.
O açude Orós, cuja capacidade total é de 2,2 bilhões de m³, acumula hoje 849 milhões de m³.