Em comunicado ao mercado publicado na noite de ontem, a Petrobras informou que a Assembleia Geral Ordinária de seus acionistas decidiu pelo pagamento de R$ 35,8 bilhões de dividendos relativos ao lucro obtido pela empresa no quarto trimestre do ano passado.
Esse pagamento será feito em três parcelas: a primeira no próximo dia 19, no valor de R$ 17,9 bilhões; a segunda no dia 16 de junho, no valor de R$ 11,4 bilhões; e a terceira no dia 27 de dezembro, no valor de R$ 6,5 bilhões.
Sócio majoritário da Petrobras, o governo da União deverá receber R$ 13 bilhões, elevando para R$ 79 bilhões sua participação na distribuição dos dividendos da estatal relativo ao lucro apurado ao longo de 2022, que alcançou R$ 215,7 bilhões.
Os cálculos feitos pelo mercado indicaram que a Petrobras pagou em dividendos, no ano passado, mais do que a soma dos dividendos pagos pelas demais empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira B3.
E por falar em B3: ela fechou ontem em alta de 0,60%, aos 102.923 pontos. O dólar voltou a ser negociado abaixo dos R$ 5, fechando o dia negociado a R$ 4,97, com queda de 1,48%.
Ontem, houve no Senado Federal uma audiência que juntou os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos.
Novamente, a questão das políticas fiscal, cuja execução é do governo, e monetária, de responsabilidade do Banco Central, foi o principal tema do debate.
Haddad e Tebet sustentaram a posição do governo que é de implementar, tão logo seja aprovado pelo Congresso, o novo arcabouço fiscal, cujo êxito, porém, dependerá da obtenção de uma receita tributária de R$ 150 bilhões.
O presidente do Banco Central, por sua vez, referiu-se de modo positivo à proposta do arcabouço fiscal, mas não deixou pistas sobre se o seu Comitê de Política Monetária (Copom), que se reunirá nas próximas terça e quarta feiras, manterá ou reduzirá a taxa de juros Selic, que se mantém desde agosto do ano passado no patamar de 13,75%.
Maior empresa de papel e celulose do país, a Suzano publicou ontem seu balanço financeiro relativo ao primeiro trimestre deste ano, que veio com um lucro líquido de R$ 5,24 bilhões.
Esse lucro, reparem, foi 49% menor do que o lucro obtido pela empresa no primeiro trimestre do ano passado de 2022.
Mas, de janeiro a março deste ano, a receita líquida da Suzano cresceu 16% em comparação com a do primeiro trimestre de 2022, chegando à casa dos R$ 11,2 bilhões, dos quais 81% foram fruto de suas vendas para o mercado externo.
A Suzano informou que a previsão de investimento em sua nova fábrica em construção no Mato Grosso do Sul saltou de R$ 19,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões.