Primeiro ato: a Prefeitura do Município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, anulou, na semana passada, a anuência para a instalação, no seu território, da Ferrovia Transnordestina.
Em outras palavras: Caucaia abriu mão de uma empresa que geraria centenas de empregos e abriria novas e amplas perspectivas para a economia municipal.
Coisas da política: foi a gestão anterior da Prefeitura caucaiense que concedeu a anuência.
Assim, o que aconteceu foi o seguinte: a atual gestão da Prefeitura de Caucaia decidiu criar uma dificuldade.
Para superá-la, a Transnordestina Logística, empresa responsável pela Ferrovia de mesmo nome, terá de entender-se com as autoridades municipais competentes.
Se tudo acontecer de acordo com a tradição da administração pública brasileira, com certeza, em pouco tempo, tudo estará solucionado.
Segundo ato: a Enel, que, monopolisticamente, distribui energia elétrica em toda a geografia cearense, insiste em substituir seus postes de Duplo T por um redondo, que é recomendado para uso nos finais de linha e em curvas acentuadas (em linha reta, o poste antigo é 100% recomendado).
O poste de Duplo T é o que existe hoje, e há dezenas de anos, no Ceará. Por que os substituir?
Se for para usá-los nas pontas de linha e nas curvas acentuadas, maravilha! Mas em linha reta, o recomendável, tecnicamente, é o poste de Duplo T, como dizem a esta coluna engenheiros eletricistas. Eis aí, a criação de outra dificuldade. Com que objetivo?
Já está na hora de os serviços públicos no Brasil –executados por empresas concessionárias ou não – serem transparentes, muito claros, sem subterfúgios.
A Prefeitura de Caucaia e a Enel têm a chance de jogar no lixo qualquer desconfiança do contribuinte – a primeira, mantendo a anuência decidida pela gestão anterior; a segunda, restringindo a exigência do poste redondo aos finais de linha e às curvas acentuadas.
Há um horizonte cinzento que sinaliza tempos mais difíceis para o Brasil e os brasileiros, principalmente para a economia do país.
Polarizou-se o cenário da política - é a extrema direita contra a extrema esquerda. Os eleitores desconfiam de que algo dará errado após as eleições de outubro deste ano.
Essa desconfiança se amplia à medida em que o Congresso Nacional olvida as reformas administrativa e tributária, preferindo votar propostas que elevam os gastos públicos, privilegiando os que já gozam de privilégios.
ESTÁ NASCENDO O NOVO HAPVIDA
Na próxima quarta-feira, 16, em São Paulo, reunir-se-á o Conselho de Administração do Novo Hapvida, que assim está sendo chamado desde a sexta-feira passada, quando se concretizou, oficial e definitivamente, a fusão da empresa cearense com a Intermédica (nesse dia, foi feita, na Bolsa de Valores, a última negociação de papéis da Intermédica).
O Conselho terá nove integrantes, sendo seis representando o Hapvida e três da já extinta Intermédica. Sua presidência seguirá sendo ocupada pelo fundador do Hapvida, Cândido Pinheiro.
Uma fonte que opera na área financeira disse à coluna que o valor de mercado do Novo Hapvida é hoje estimado em R$ 90 bilhões, “mas esse valor vai crescer nas próximas semanas, à medida em que a empresa for adotando providências naturais, como as de redução de despesas e aumento da produtividade”.
UM QUEIJO GENUINAMENTE CEARENSE
Uma as metas do Plano Decenal da Agropecuária do Ceará, que será oficialmente apresentado no próximo dia 19 de março – dedicado ao Padroeiro do Estado, São José – é o fomento de sua indústria de queijos.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, revela à coluna que um dos objetivos do plano é criar estímulos ao incremento da produção “de um queijo genuinamente cearense, que não será de coalho nem muçarela”.
Para abreviar o tempo e acelerar providências com vistas à qualificação da mão de obra das queijarias, principalmente as maiores delas, a Faec está a celebrar uma parceria com o Sebrae-Ceará. É meio caminho para o sucesso.
Esta coluna pode informar que, como resultado imediato dessa parceria, as 50 maiores queijarias do Estado serão requalificadas.
AMEAÇA DE GUERRA FAZ BOLSA CAIR
As bolsas de valores da Europa operam em queda acetuada na manhã desta segunda-feira. Causa: o aumento da tensão entre a Rússia e a Ucrânia.
Se os russos invadirem o território ucraniano o mundo correrá o risco de uma quarta guerra, e isto seria catastrófico, porque no conflito entrariam os países que, liderados pelos Estados Unidos, integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Os dois lados têm bombas atômicas. E a China, também. Os chineses já estão claramente a favor da Rússia.