Lucro da Grendene no 3º trimestre cresce 45,5% e chega a R$ 198 mi

No período julho-agosto-setembro de 2022, a empresa dos irmãos Pedro e Alexandre Grendene alcançou receita bruta de R$ 909,7 milhões

Saiu ontem o balanço do terceiro trimestre deste ano da Grendene – gigante nacional de calçados, que tem sete unidades fabris em Sobral, uma no Crato e outra em Pacajus.

No período julho-agosto-setembro de 2022, a empresa dos irmãos Pedro e Alexandre Grendene alcançou receita bruta de R$ 909,7 milhões, um crescimento 11,2% ante o mesmo período no ano passado.

O lucro líquido recorrente foi de R$ 198,5 milhões, com alta de 45,5% em comparação ao mesmo trimestre de 2021. O volume de pares de calçados comercializados avançou 0,7% para 44,3 milhões.  
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No trimestre, a receita bruta do mercado interno foi 11,8% acima do mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 741 milhões. 

Esse crescimento se deve, principalmente, ao efeito do reajuste de preço dos seus produtos, que agregou R$ 88,8 milhões à receita bruta. Os produtos da Divisão 1 (todas as marcas exceto Melissa) registraram o melhor terceiro trimestre da história da companhia em receita bruta e o segundo melhor trimestre dos últimos oito anos em volume, atrás apenas do terceiro trimestre de 2020.

“Apesar de um cenário macroeconômico desafiador, conseguimos resultados importantes, especialmente quando comparados com o mesmo período do ano passado. Nas marcas da Divisão 1 tivemos resultados históricos, puxados pelo desempenho da linha Ipanema e das marcas femininas (Grendha, Zaxy e Azaleia). Essas conquistas nos permitem entrar otimistas no último quarter”, afirma Alceu Albuquerque, diretor de Relações com Investidores da Grendene.

Os produtos Melissa registraram crescimento da receita bruta de 12,7% no trimestre. No período, o preço/par avançou 21,6%, decorrente do desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, como o Melissa Free, produzido a partir de EVA de cana-de-açúcar, material mais leve e sustentável. Já o sistema de franquias da marca chegou a 389 lojas. 

Nas exportações, a Grendene registrou receita bruta de R$ 168,7 milhões. O volume embarcado recuou 5,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, passando de 7,8 milhões para 7,4 milhões de pares. 

Em dólares, a receita da exportação foi de U$32,1 milhões, avançando 8,1% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Esses números retratam o crescimento de 14,4% e 13,9% da receita bruta por par em reais e em dólares, respectivamente.

O EBIT recorrente alcançou R$ 89 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 29,3% em comparação a igual período do ano passado. A margem EBIT recorrente recuou para 12,5% (-6,3 p.p.), resultado da pressão sobre o CPV (custo dos produtos vendidos) e do retorno das despesas comerciais à patamares históricos. 

“A queda no preço das nossas matérias-primas, em especial do PVC, apareceu de forma tímida neste trimestre, porém será percebida mais significativamente a partir do próximo período. Já as despesas comerciais voltaram a representar 24,7% da receita líquida. Os gastos relacionados a publicidade e propaganda, fretes, comissões, aceleração das lojas on-line e investimentos estratégicos em tecnologia e inovação foram os que registraram as maiores variações no período”, explica Albuquerque.