Para o jovem empresário cearense Tom Prado, CEO da Itaueira Agropecuária – que produz melão, melancia, uva, pimentão colorido, mel de abelha, suco de frutas e camarão em suas fazendas no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia – este 2023 foi um ano bom para a fruticultura brasileira.
Citando números da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), houve, em 2023, crescimento das exportações, que voltaram a superar o patamar de US$ 1 bilhão em envios internacionais de frutas frescas. Neste ano, a fruticultura repetiu 2021, quando, pela primeira vez, o Brasil bateu a meta de US$ 1 bilhão.
Também vice-presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA e diretor Institucional da Camarão BR, entidade que, sob a presidência do cearense Cristiano Maia, reúne os maiores criadores brasileiros de camarão, Tom Prado está otimista com os números de 2023, que estão fazendo deste um ano ímpar para a fruticultura brasileira de exportação. (A sua Itaueira, por exemplo, encerrará o exercício com faturamento superior a R$ 400 milhões.)
“A fruticultura nacional terá um fechamento superior ao do ano passado, tanto em valor quanto em volume exportado. Neste ano, as expectativas positivas com relação ao desempenho se baseiam em alguns pontos, a começar pelo clima favorável nas principais regiões produtoras, que deve permitir um aumento no volume produzido, além de frutas com melhor qualidade”, explicou Prado.
Quanto à fruticultura cearense o seu prognóstico para o futuro próximo também é positivo.
“Garantir água, com vazão bem gerenciada, no Castanhão e nos demais açudes cearenses, será fundamental para um crescimento da atividade da fruticultura, com segurança para os investidores, consolidando assim a atividade no Ceará!”, disse ele, acrescentando uma excelente notícia:
“A Itaueira Agropecuária deverá, muito brevemente, voltar a plantar e exportar melões e melancias a partir do Ceará, para o que aguarda a Enel concluir a expansão da rede de energia elétrica que atenderá à demanda do projeto de expansão de suas atividades no Estado.”
A Itaueira Agropecuária continua presente no Ceará, plantando, colhendo e comercializando seus pimentões coloridos – vermelhos, amarelos e laranja – que são embalados, individualmente, com sua marca Rei. Esses pimentões são produzidos em estufas de alta tecnologia, na zona rural do município de São Benedito, na Serra da Ibiapaba, onde gera emprego para mais de 300 colaboradores.
“Em 2024 pretendemos expandir a operação lá também”, adiantou Tom Prado, que transmitiu, acrescentando:
“Assim como os pimentões, neste ano de 2023 a produção de melões e melancias igualmente cresceu na Bahia e no Piauí, em volume e qualidade. Igualmente, cresceram as atividades de produção de sucos – integrais, clarificados e concentrados – principalmente de caju e acerola, orgânicos e convencionais, industrializados no município cearense de Palhano.
“Nossa expectativa para 2024 é de crescimento nessa operação de sucos também, com maior integração com os produtores cearenses de acerola e de caju, uma atividade que pretendemos estimular com o apoio da Secretaria Executiva do Agronegócio da SEDET e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec).”
Tom Prado informou que a Itaueira iniciou, em 2023, a comercialização de uva sem semente produzida na região de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, por pequenos produtores, com a marca Rei, em projeto piloto que espera expandir em 2024, “uma vez que esta atividade também já começa a ser reconhecida no mercado nacional pela mesma qualidade superior de suas demais frutas e verduras”.
Ele concluiu, dizendo que a Itaueira também produz e comercializa o Mel Rei, com mais de 3 mil colmeias e cerca de 5 mil melgueiras próprias, que ajudam na polinização de suas frutas. Hoje, a Itaueira tem mais de 2 mil colaboradores, nos 6 estados em que atua, incluindo suas filiais, e deverá concluir o ano de 2023 com faturamento superior a R$ 400 milhões.