Naquele tempo: Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?' E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus lhes dizia: 'Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares'. E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
Reflexão – Humildade e simplicidade são sabedoria de Deus!
De acordo com a mentalidade do mundo as pessoas humildes e simples não são levadas em consideração, por isso, Jesus, filho de um carpinteiro e conhecido por todos em Nazaré não pôde fazer milagres na sua terra e no meio da sua gente. Como também hoje acontece, as pessoas que lhe eram próximas não queriam admitir que alguém tão comum a eles pudesse ter sabedoria e duvidavam de que o poder de Deus estivesse com Ele. Porque eles não acreditavam e não tinham fé, Jesus não conseguia ser escutado nem tampouco ser levado a sério. Essa história ainda hoje se repete quando não damos ouvido nem valor às pessoas que estão muito próximas de nós e agem com modéstia e simplicidade. Às vezes, quando nos acostumamos a conviver com alguém, desprezamos as suas palavras e nem percebemos que são instrumentos de Deus para o nosso crescimento e até para nossa salvação. Muitos milagres poderiam ter sido realizados no nosso meio se tivéssemos dado atenção àqueles (as) que Deus colocou perto como instrumentos para nossa edificação. Não entendemos como poderá alguém que é simples, humilde e, às vezes até inculto ser sábio aos olhos de Deus! Confundimos a sabedoria que vem de Deus com o conhecimento que o mundo dá. Na maioria das vezes, valorizamos a quem é instruído e tem profissão brilhante ou a quem tem o dinheiro que compra tudo, menos a fé. Precisamos nós, também, perceber a quem estamos valorizando, o que nos prende a atenção e estamos dando importância: às coisas simples do alto, ou às coisas complicadas daqui de baixo. – As coisas simples o (a) incomoda ou atrai? – Você dá ouvido às pessoas da sua casa quando lhe dão algum conselho? – Na sua casa existe algum profeta que Deus colocou para o (a) ajudar?
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária Mariana UM NOVO CAMINHO