Dólar cai e fecha cotado a R$5,13. Bolsa em baixa

A queda da Bolsa teve alguns motivos, entre os quais o Boletim Focus, que mostrou projeção de alta para o IPCA neste ano.

Bolsa de Valores brasileira B3 fechou em baixa o seu pregão de ontem, terça-feira. Ela caiu 0,34%. E o dólar, que na véspera fechara valendo R$ 5,16, encerrou o dia de ontem cotado a R$ 5,13, depois de haver passeado pela casa dos R$ 5,11.

A queda da Bolsa teve alguns motivos, entre os quais o Boletim Focus, que mostrou projeção de alta para o IPCA neste ano. O índice oficial da inflação, segundo o Focus, saltou de 3,71%, na semana passada, para 3,73% nesta semana. 

Por sua vez, a taxa de juros Selic, que na semana passada estava projetada em 9,13%, subiu para 9,50%. Isto quer dizer que os economistas que fazem para o Banco Central as suas previsões estão mesmo apostando que os juros básicos da economia brasileira serão reduzidos, na próxima reunião do Copom, no dia 8 de maio, não em meio ponto percentual, mas em 0,25 ponto percentual. Hoje a Selic está no patamar de 10,75% ao ano.
 
Contribui para esse pessimismo na Bolsa de Valores a deterioração das relações do governo do presidente Lula com o Congresso Nacional. A regulamentação da Reforma Tributária, por exemplo, já deveria estar sendo debatida no Parlamento, mas isso ainda não acontece porque há fortes divergências entre ministros do Palácio do Planalto com o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira.

Ontem, o secretário especial para a Reforma Tributária, Bernardo Appy, revelou que o governo enviará nesta quarta-feira ao Congresso os projetos-de-lei que regulamentarão a Reforma Tributária. Esta é uma boa notícia porque senadores e deputados já poderão debater sobre os projetos, que terão de ser aprovados antes que se inicie a campanha eleitoral deste ano. Ou seja, nos próximos 90 dias.