Ontem, pelo segundo dia consecutivo, a Bolsa de Valores brasileira B3 fechou em queda de 1,20%, aos 114.625 pontos. E o dólar encerrou o dia negociado a R$ 5,31, uma alta de 0,26%.
A B3 operou de costas para as bolas norte-americanas, que fecharam em alta de até 2,25%, como foi o caso da Nasdaq, que negocia as ações das empresas de tecnologia.
A boa performance das bolsas dos EUA teve a ver com a possibilidade de o Federal Reserve, o Banco Central de lá, reduzir, em novembro, o percentual do próximo aumento da taxa de juros. Já se fala que, em vez de 0.75%, esse aumento poderá ser de 0,50%.
Outro dado que ajuda nessa expectativa são os referentes aos balanços das grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs. Ontem, por exemplo, foi publicado o balanço da gigante Microsoft, cujo lucro no trimestre julho-agosto-setembro chegou a US$ 17,5 bilhões, acima do que esperava o mercado. O resultado, porém, foi 14% menor do que o do mesmo trimestre do ano passado. O faturamento da Microsoft, entre julho e setembro, alcançou a soma de US$ 50,12 bilhões.
A Alphabet, dona do Google, também publicou seu balanço do trimestre julho-agosto-setembro, que veio com lucro de US$ 13,91 bilhões, bem abaixo do lucro do mesmo período do no passado, que foi de US$ 18,9 bilhões. A receita da empresa alcançou US$ 69 bilhões, abaixo do que esperava o mercado.
Aqui no Brasil, uma boa notícia foi a do aumento da arrecadação federal, cujos números vieram positivos, o que ajuda na manutenção do equilíbrio fiscal.
O mercado também recebeu como sinal positivo a divulgação, ontem, do IPCA-15, que é a prévia da inflação de outubro. Essa prévia registrou uma leve alta de 0,16%, depois de dois meses de deflação. Os preços dos chamados produtos voláteis, como passagens aéreas e perfumes, foram responsáveis por essa leve alta da inflação.
As ações da Petrobras caíram pelo segundo dia seguido, mas os operadores do mercado explicam que os investidores estão realizando lucros, vendendo na alta para, depois, comprar na baixa.