Foi uma segunda-feira positiva para a Bolsa de Valores brasileira B3, que fechou ontem em alta, outra vez, uma alta leve de 0,27%, aos 117.336 pontos. E o dólar seguiu caindo, fechando o dia cotado a R$ 4,86.
Neste mês de junho, a bolsa operou todos os dias em alta, e ontem isso aconteceu porque as bolsas dos Estados Unidos também operaram positivamente, aguardando a decisão que tomará amanhã, quarta-feira, 14, o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, que, segundo as previsões de 78% dos operadores do mercado, manterá as taxas de juros no mesmo patamar de hoje, ou seja, oscilando entre 5% e 5,25%.
Também contribuiu para o bom resultado da B3 ontem o Boletim Focus, do Banco Central, que semanalmente, às segundas-feiras, traz as previsões de 100 economistas das principais instituições financeiras do país.
Segundo essas previsões, o PIB brasileiro deverá fechar este ano em 1,8%. Na semana passada, essa previsão era de 1,68%.
Para os mesmos economistas, o IPCA, que é o índice oficial da inflação no Brasil, encerrará este exercício de 2023 na faixa de 5,42%; na semana anterior, essa previsão era de 5,69%.
Para 2024, a previsão é de um IPCA de 4,04%, um pouco abaixo dos 4,12% da semana passada.
Para a taxa básica de juros Selic, a previsão do Boletim Focus é de que ela encerrará este ano nos mesmos 12,50% previstos nas últimas semanas.
Quanto ao câmbio, o Boletim Focus projeta para o fim deste ano R$ 1 valendo R$ 5,10.
Mas no pregão de ontem da Bolsa de Valores B3, as ações da Petrobras registraram alta, o que ajudou no fechamento positivo das operações, que movimentaram quase R$ 29 bilhões.
Mesmo tendo o preço do petróleo registrado mais uma queda no mercado internacional, os papeis da Petrobras foram valorizados pela decisão do banco JP Morgan, que recomendou a sua compra tanto na Bolsa de Nova Iorque, quanto na bolsa brasileira.
Nos próximos dias 20 e 21, ou seja, na próxima semana, o Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central reunir-se-á para mais uma vez decidir sobre a taxa básica de juros Selic.
A previsão de 99% dos economistas é de que o Copom manterá inalterada essa taxa no atual patamar de 13,75%, devendo, na próxima reunião de agosto, começar um ciclo de baixas.
Essa tendência deverá ser explicitada no comunicado que o Banco divulgará logo após a reunião do Copom.
O mercado segue acompanhando a tramitação da proposta do arcabouço fiscal no Senado, cujo presidente Rodrigo Pacheco espera vê-la aprovada nesta ou no máximo na próxima semana.
A proposta deverá ter seu texto modificado pelos senadores, o que a levará de volta à deliberação da Câmara dos Deputados, que a aprovou.
Na Bolsa de Londres, nesta terça-feira, 13, o preço do petróleo, para entrega em agosto, segue em queda. Na manhã de hoje, ele está sendo negociado a R$ 72,79 por barril – ontem, essa cotação foi de US$ 74.