Aniversário de Albert Einstein e sua relação com a Astronomia

Nascido em 14 de março de 1879, o jovem Albert foi uma criança muito curiosa e disposta a entender o universo. “Queria compreender a mente de Deus”, ele dizia

Existem diversos fenômenos astronômicos ligados ao gênio do século XX. Há uma história muito interessante por trás das descobertas dos planetas. No século XVIII, os astrônomos eram tão bons que conseguiam medir a interferência que um planeta exercia no outro. Basicamente a gravidade de um planeta perturba a órbita de outro.

Até então se conheciam apenas cinco planetas além da Terra. Eram eles: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Urano só foi descoberto em 13 de março de 1781. Inclusive, ontem (13) foi aniversário da descoberta de Urano por William Herschel. O planeta quase foi chamado de Jorge, rei da Grã-bretanha e da Irlanda na época.

Mas a lógica da mitologia greco-romana prevaleceu. Os astrônomos desconfiaram que um outro planeta desconhecido deveria estar causando pequenas alterações na órbita de Urano. Um astrônomo francês chamado Le Verrier calculou onde deveria estar este planeta. E ao apontar um telescópio para as coordenadas calculadas por ele, lá estava o astro denominado Netuno, o deus dos mares, e hoje é considerado o planeta mais distante do Sol.

Havia ainda um grande mistério na órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol. Sua órbita não era fechada como uma elípse, era como uma flor. Existia a expectativa de que isso seria causado por um planeta mais próximo do Sol do que Mercúrio. Deram-lhe até o nome de Vulcano, deus romano da forja equivalente a Hefesto na mitologia grega que teria produzido as armas dos deuses do Olimpo.

Contudo, o planeta Vulcano jamais foi encontrado e esse mistério permaneceu sem explicação até Einstein propor que a anomalia seria um efeito da alta gravidade próxima ao Sol e da alta velocidade de Mercúrio, ou seja, era um efeito relativístico. 

Outro grande evento astronômico relacionado a Albert foi o eclipse de 1919. Nesta ocasião, o físico previu que um feixe de luz seria desviado ao passar próximo de um corpo massivo como o Sol. Isso significava que deveríamos ver as estrelas em posições diferentes se suas luzes passassem próxima ao Sol.

Como não podemos ver as estrelas ao mesmo tempo do astro rei, Einstein sugeriu observarmos durante um eclipse solar total. Essa teoria se mostrou correta no céu do Ceará, em Sobral, no dia 29 de maio de 1919.

É comum encontrarmos em obras best-sellers internacionais de divulgação científica citando que a comprovação ocorreu na Ilha do Principe nas costas africanas. Contudo, após o centenário do evento em 2019, as obras vem corrigidas citando a cidade cearense também.  

Um telescópio funciona desviando a luz. Se um objeto massivo como o Sol pode desviar a luz das estrelas, podemos aproveitar essa propriedade para observarmos galáxias distantes? A resposta é sim. Existe um fenômeno muito usado hoje chamado de lente gravitacional.

Graças a este fenômeno conseguimos usar aglomerados de galáxias como verdadeiros telescópios gigantescos e enxergar muito além do que conseguiríamos com um telescópio artificial.

Temos várias imagens belíssimas de Lentes Gravitacionais como o grupo de Galáxias “Gato de Cheshire” famoso personagem de Alice no País das Maravilhas. Perceba que o aglomerado parece uma “bila” de vidro curvando a luz das galáxias por trás. 

Einstein criou uma Física capaz de explicar o universo em grande escala, muito além do tamanho das galáxias. A cosmologia moderna é atualmente descrita por sua teoria da Relatividade Geral. Além disso, o Físico queria ir muito além. Ele procurava por uma teoria ainda mais ampla capaz de explicar os fenômenos eletromagnéticos junto com os fenômenos gravitacionais.

Einstein fez diversos rascunhos dessa teoria, mas faleceu antes de concluir a obra em 1955 aos 76 anos. Inclusive essa é uma das minhas pesquisas favoritas que desenvolvo atualmente a qual chamo de Teoria Lucérnica (Lucernics Theory).