O final de ano é marcado por celebrações que vão além da festividade superficial. À medida que as empresas se preparam para confraternizações, é crucial considerar como esses eventos podem refletir os valores fundamentais da organização. Da mesma forma, os profissionais desempenham um papel vital ao participar dessas celebrações com consciência e respeito aos princípios éticos e corporativos. Sobre o que é importante refletir?
Neste texto, exploraremos a importância de confraternizar com propósito, destacando como empresas e profissionais podem alinhar suas celebrações de fim de ano aos valores que orientam suas trajetórias. Afinal, é comum, neste momento do ano, ficarmos mais reflexivos, cansados e, ao mesmo tempo, ansiosos, pois muita coisa aconteceu ao longo do caminho.
O mês de dezembro marca a realização das celebrações corporativas, que, em sua grande maioria, visam integrar os profissionais, pontuar as conquistas do ano e celebrar a caminhada de todos que, durante o ano, se dedicaram para o sucesso da organização. Alguns equívocos ainda cercam essas celebrações, o que põe em risco o pós-date! Para a empresa, realizar um evento que destoe dos seus objetivos e valores. Para o profissional, cometer alguns excessos, já que o evento envolve pessoas que trabalham na mesma empresa, inclusive gerentes e diretores. Vamos entender?
Fortalecendo os valores empresariais nas celebrações
Uma empresa é mais do que seu produto ou serviço; ela é moldada por seus valores. Ao organizar eventos de fim de ano, as organizações têm a oportunidade de traduzir esses valores em ações tangíveis, por exemplo:
- É um equívoco pensar que na festa de fim de ano, falar sobre os resultados da empresa (planejado x alcançado) pode “quebrar” o clima festivo. Algumas empresas optam por realizar este momento antes da celebração, o que também pode acontecer, mas apresentar o resultado do ano da maneira correta, sem acusações, estimula o sentimento de pertencimento do colaborador, pois coloca todos na mesma página, alinha a percepção e torna cada colaborador corresponsável pelo futuro da empresa.
- Estimular a visão de futuro – apresentar os planos para o ano que se aproxima, como todos podem contribuir para que o plano aconteça e como serão recompensados, é uma estratégia poderosa! Todos gostam de fazer parte de algo maior, de um sonho, de uma conquista. Algo que faça a diferença para o mundo!
- Oferecer um momento de introspeção, para que os profissionais reflitam sobre seu papel na empresa, estabelecendo metas pessoais e profissionais para o próximo ano, alinhadas aos valores da organização, reforça a conexão entre suas aspirações e os objetivos da empresa.
- Se a empresa tem comprometimento social, considerar iniciativas de caridade pode ser uma forma impactante de expressar esses princípios durante as festividades. Realizar ações solidárias, como arrecadações de alimentos ou doações para instituições de caridade locais, não apenas fortalece os laços entre os colaboradores, como cria um impacto positivo na comunidade e eleva a experiência das celebrações, conferindo-lhes um propósito mais amplo.
- Agradecer, reconhecer, recompensar e celebrar, gestos que têm forte impacto no relacionamento empresa-colaborador e vice-versa. Dinâmicas individuais, em grupo ou, ainda, premiações de campanhas, homenagens e/ou sorteios de prêmios com maior valor agregado.
- Agradecer é um ato de grandeza! A empresa deve ser grata pelos resultados alcançados por meio do talento e comprometimento de seus colaboradores e estes, gratos pela empregabilidade, pela oportunidade de desenvolvimento, pelo ambiente de trabalho, entre outros.
- Reconhecer e recompensar de maneira justa o desempenho excepcional dos colaboradores e celebrar genuinamente a jornada.
Alinhando o propósito profissional com as celebrações de fim de ano
Os profissionais desempenham um papel crucial na construção de um ambiente de celebração alinhado aos valores da empresa. O engajamento consciente é fundamental para garantir que as festividades não comprometam a integridade e o profissionalismo. Evitar comportamentos inadequados, respeitar as diferenças culturais e ser inclusivo são aspectos que os colaboradores devem ter em mente ao participar das celebrações corporativas.
O líder, em especial, não foge à regra, pois deve ser exemplo para sua equipe, visto que representa um artefato importante da organização e, portanto, precisa ficar vigilante com o seu comportamento. A etiqueta corporativa vale para todos. Alguns outros cuidados são importantes:
- Não comparecer à festa de fim de ano da empresa não é adequado, pois denota desinteresse ou desdém. Vá, mesmo que sua presença seja breve.
- Preste atenção ao Dress Code (código de vestimenta) da festa e à cultura da empresa. O bom senso é sempre o melhor caminho.
- As bebidas são atraentes, porém, perigosas, portanto, mantenha-se no controle de suas atitudes. Será muito constrangedor não lembrar o que disse ou fez. Já participei de muitas confraternizações de clientes e é comum ver profissionais extravasando suas emoções e comportamentos achando que o ambiente “permite”. No dia seguinte, as mesmas pessoas da festa estarão na empresa e lidar com comentários e pré-julgamentos é extremamente desagradável.
- Evite excesso de intimidade com quem você não tem essa abertura. Ao se aproximar de alguém, apresente-se profissionalmente e demonstre interesse em conhecer um pouco mais sobre a pessoa. Aproveite para ampliar o seu networking e não fique limitado às rodas de conversa já conhecidas.
- Aproveite esse momento para fazer uma reflexão sobre seus resultados, objetivos de carreira e sobre seus planos. Fique atento às informações apresentadas e analise se faz sentido para você.
Por fim, sigo sempre o conselho da minha vó Fezinha (in memorian): na dúvida de como se comportar, observe pessoas mais experientes em ambientes sociais e as siga. É sempre bom inspirar-se em quem é melhor do que você.
Confraternizar com propósito vai além da simples troca de presentes ou momentos de descontração. Reflete a busca consciente e intencional por alinhar as celebrações de fim de ano aos valores que moldam as empresas e orientam os profissionais. Empresas e profissionais que abraçam essa abordagem não apenas fortalecem seus laços internos, mas também contribuem para a construção de uma cultura corporativa mais sólida e ética.
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*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.