Silvio Romero chegou sob muitos holofotes ao time do Fortaleza, porque afinal de contas, o jogador saiu como ídolo do clube que mais vezes venceu a Taça Libertadores da América.
Capitão e matador no Independiente-ARG, o atacante fechou com o Tricolor após ter o nome muito ligado ao rival, Ceará, o que gerou ainda mais expectativa em volta de sua chegada.
Como centroavante, Romero é um jogador que até tem capacidade de sair da área e buscar a bola mais atrás, porém, tendo um time que o municie com mais frequência, jogando mais em sua função, sua vida fica mais facilitada.
E esse tipo de jogo não é o "estilo Vojvoda". O treinador argentino que, inclusive, ligou para Silvio o chamando e ajudando a convencer o atleta a jogar pelo Leão, gosta de um ataque com mais poder de mobilidade.
Tanto que o ataque ideal do técnico, pelo que podemos analisar de escolhas até aqui na temporada, seria com Moisés e Robson.
A opção para o jogo passado também foi de um ataque mais ágil, com Romarinho e Kayzer (titular pela primeira vez).
Os últimos centroavantes com grande poder de finalização e menos "flutuação" que deram certo no Fortaleza foram Gustagol e WP9, ainda com Rogério Ceni no comando.
O próprio Wellington Paulista "não se cirou" com o atual treinador.
Esses citados jogaram em esquemas com pontas, jogadores de profundidade e velocidade pelos lados, contribuindo para o funcionamento do "camisa 9".
Não sei se Vojvoda estaria disposto a alterar um desenho que vem dando certo desde o ano passado, por conta de um jogador específico.
Tenho visto mais Romero como uma peça de reposição, ou situações específicas, do que o titular inconstestável, "dono da área" que foi imaginado.