Dentinho foi anunciado oficialmente pelo Ceará. Foi criada expectativa por esse anúncio que já se desenhava como certo.
Desde que começaram os "burburinhos" de sua vinda, eu comecei a analisar a contratação sem levar apenas pelo lado estatístico.
Porque afinal de contas, quem olha os números do atacante no clube ucraniano, onde jogou cerca de 10 anos da sua carreira, jamais aprovaria.
Nunca se firmou no Shakhtar Donetsk, mas vi o maior problema sendo uma espécie de acomodação do próprio jogador.
Como se, esportivamente falando, ele tivesse satisfeito em não ser protagonista, em troca de estar feliz extra-campo, realizado em ganhar seus milhões e viver na Europa com a família.
Porque não é nada comum ver um atleta ficar tanto tempo em um clube, apenas sendo "mais um" no elenco.
E o interesse em rotornar ao seu país, para um time de massa, da Série A, com um calendário cheio, me traz uma sensação de que há uma vontade em voltar a aparecer para o nosso público. Como uma tentativa de mostrar que "aquele Dentinho" do Corinthains ainda joga futebol.
Números à parte, vejo um jogador com idade ainda a oferecer alto nível de futebol, 33 anos, e uma qualidade técnica que está acima da imensa maioria do setor ofensivo do Ceará.
Com ele querendo, em forma, a fim de mostrar serviço, deixa de ser uma aposta como tantas outras de baixíssimo nível técnico trazidas nos últimos anos, e passa a ser uma peça bastante útil no esquema de Tiago Nunes.
E quando falei no título: não "vendendo gato por lebre", é que sem colocarem um peso que ele não pode carregar, de "principal contratação", "jogador de Champions League", de "o camisa 9 que faltava" (coisa que ele nunca foi), mas apenas como um bom nome para agregar ao elenco, acredito que será titular e vai ajudar a engrenagem do ataque alvinegro a fluir.