A usina de Hidrogênio Verde (H₂V) da Fortescue, a ser instalada no Complexo Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza, está entre os sete primeiros projetos da nova plataforma do Governo Federal para conectar empreendimentos relacionados à transição energética com fontes de financiamento. O valor a ser mobilizado para essa planta é de US$ 3,5 bilhões.
A Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP, na sigla em inglês) foi lançada nesta quarta-feira (23), em Washington, nos Estados Unidos.
Inicialmente, os negócios selecionados servirão para testar os critérios de seleção de oportunidades na ferramenta. Ao todo, os projetos somam US$ 10,8 bilhões em capital a ser mobilizado. São eles:
- Acelen Renewables, que está desenvolvendo uma proposta de combustíveis renováveis de US$ 3 bilhões, visando produzir 1 bilhão de litros por ano de diesel verde e combustível sustentável para aviação a partir de macaúba, uma planta brasileira;
- Corredores para a Vida, liderado pela Ambipar Environment e pelo IPÊ, que busca US$ 95 milhões para restaurar um dos maiores corredores ecológicos do Brasil na Mata Atlântica, com o objetivo de reconectar áreas fragmentadas em até 6.000 hectares de terras degradadas até 2040;
- projeto de US$1,15 bilhão da Atlas Agro será a primeira planta de fertilizantes verdes em escala industrial no Brasil;
- Biomas investirá US$ 150 milhões na restauração de 14.000 hectares de vegetação na Amazônia e na Mata Atlântica;
- Fortescue, que está criando uma planta de hidrogênio verde de US$ 3,5 bilhões, no Ceará;
- Projeto Caldeira da Meteoric Resources visa arrecadar US$ 425 milhões para financiar o desenvolvimento de métodos de extração de baixa emissão para elementos de terras raras;
- Vale, que possui um projeto para induzir o investimento de parceiros de aproximadamente US$2,5 bilhões na construção de polos industriais no Brasil para a produção de hidrogênio verde e ferro briquetado a quente (HBI) visando a descarbonização da indústria siderúrgica.
Dentre as áreas de atuação da plataforma, estão bioeconomia, indústria, mobilidade e energias. Poderão participar projetos oriundos tanto do setor público quanto do privado, incluindo a possibilidade de apoio para transição de cidades e estados.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a plataforma é um dos resultados da Força-tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima, trazida pela presidência brasileira do G20. "Será essencial para a implementação do Plano Clima, atraindo investimentos de outros países para acelerar e dar escala à descarbonização da economia brasileira", afirmou.
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