Análise: vitória do Fortaleza sobre o América-RN tem a cara de Rogério Ceni

De virada, Tricolor bateu o time potiguar por 3 a 1 e engatou a sétima vitória seguida no ano. Substituições do treinador foram determinantes para o resultado

Pela primeira vez nas últimas sete partidas, o Fortaleza saiu atrás no placar. Porém, apesar do início diferente, o desfecho foi o mesmo dos últimos jogos. Contra o América-RN, no Barradão, em Salvador, o Tricolor mostrou poder de reação para virar o jogo e vencer por 3 a 1, se garantindo nas primeiras colocações do Grupo A da Copa do Nordeste.

Agora, o Leão do Pici terminará a fase classificatória, no mínimo, na 2ª posição, somente com chances de perder a liderança caso o Bahia vença o Náutico por quatro ou mais gols de diferença, hoje, às 20 horas, em Pituaçu. Além disso, o Fortaleza não tem chances de encarar o Bahia nas quartas de final, fugindo de um duelo contra o outro time mais forte do grupo e evitando um confronto, teoricamente, mais difícil.

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O sétimo triunfo consecutivo na temporada, garantindo também o 100% de aproveitamento após a retomada das partidas pós-paralisação em decorrência da pandemia do novo coronavírus, ocorreu com a cara do técnico Rogério Ceni.

No primeiro tempo, o treinador fez várias mudanças, tendo em vista que, já classificado, precisava poupar jogadores para o jogo das quartas de final, no sábado (25). A principal delas na lateral-direita, com Derley improvisado, tendo em vista que, com a lesão de Tinga, Gabriel Dias é a única opção para a posição e precisava ser poupado.

Na prática, o time não rendeu. Ficou muito "penso" para o lado esquerdo, e o América-RN congestionou o setor, dificultando a articulação de jogadas. O Fortaleza do primeiro tempo esteve longe daquele que o torcedor está acostumado a ver. A proposta do time potiguar era de marcação forte e busca por contra-ataques, até que aos 28 minutos, Romarinho - do América - acertou um belo chute para abrir o placar.

A cara de Ceni

A vantagem do time do Rio Grande do Norte se manteve até o intervalo, mas somente até o intervalo. Rogério Ceni tirou Derley, trouxe Marlon para a lateral-direita e colocou David em campo. De cara, a postura do time foi outra, e oportunidades foram criadas.

Aos 16 minutos, mais três alterações: Osvaldo, Edson Cariús e Bruno Melo nos lugares de Yuri César, Romarinho e Roger Carvalho, respectivamente. O resultado: mais velocidade, qualidade na saída de bola e domínio total.

Com muita superioridade e retomando o padrão tático organizado, o Fortaleza foi muito superior. Não demorou para, aos 22 minutos, Wellington Paulista empatar, após cobrança de falta de Mariano Vázquez em que o goleiro Vitor Paiva deu rebote.

Doze minutos depois, o mesmo WP9 aproveitou ótima jogada de Osvaldo para, de cabeça, virar a partida, assumindo a artilharia isolada do Tricolor no ano, com seis gols.

Teve tempo ainda para Ederson deixar o dele, após a arbitragem pegar pênalti de Edimar em Osvaldo, num lance em que o camisa 11 valorizou o contato na área. Não achei penalidade, mas a arbitragem marcou e o Fortaleza não tem nada a ver com isso.

No resumo geral, um primeiro tempo ruim e um segundo tempo dominante, com a cara do treinador que modificou totalmente o panorama da partida em busca da vitória.

O Fortaleza de Rogério Ceni segue forte.