A chegada dos bancos digitais, plataformas de investimentos, PIX, e mais recentemente, o Open Finance, são “emblemas” da transformação acelerada do Sistema Financeiro do Brasil.
Estamos avançando. Isto é evidente. Mas não podemos deixar de, sempre, lembrar das bases de sustentação para um ambiente financeiro seguro e saudável.
E SE O MEU BANCO QUEBRAR?
O Banco Central é pilar fundamental para o sistema financeiro, na medida em que atua na regulamentação e fiscalização do mercado, buscando mitigar os riscos de falência das instituições financeiras.
Entretanto, por diferentes motivos, um banco pode quebrar. E aí entra em campo outro participante do sistema, o Fundo Garantidor de Créditos - FGC.
Caro leitor, se você tem conta corrente, caderneta de poupança e investimentos, o FGC tem papel extremamente relevante para a segurança do seu dinheiro.
QUAL A FUNÇÃO DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS - FGC?
O FGC, entidade privada, sem fins lucrativos e sem utilização de recursos públicos, administra o mecanismo de proteção aos depositantes e investidores.
Em conversa com este colunista, o Diretor Executivo do FGC, Daniel Lima, explica que o FGC executa atividades que permeiam o desenvolvimento econômico do País.
O QUE O FGC GARANTE?
O FGC garante até R$ 250 mil por conta, CPF ou CNPJ. Em caso de conta conjunta, a garantia é limitada a R$ 250 mil para a conta. A garantia do FGC contempla o valor investido e os juros até a data em que o Banco Central decreta um Regime Especial (Intervenção ou Liquidação). Vale lembrar ainda o teto da garantia de R$ 1,0 milhão a cada 4 anos.
Entre os principais tipos de depósitos e instrumentos financeiros disponíveis no País, o FGC garante:
- Conta corrente e Poupança;
- CDB e RDB;
- LCI e LCA;
- LC (Letras de Câmbio);
- LH (Letras Hipotecárias);
- Entre outros*.
O QUE O FGC NÃO GARANTE?
É interessante esclarecer que nem todos os produtos financeiros são garantidos pelo FGC. Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto não estão no rol de produtos garantidos pelo FGC. Evidentemente, vale lembrar que os títulos públicos já são garantidos pelo próprio governo.
Outros investimentos, como ações, fundos imobiliários, ETFs, também não estão cobertos pelo FGC. Para saber mais, consulte o endereço eletrônico do FGC.
O FGC E A ESTABILIDADE
Em agosto, o Fundo Garantidor de Créditos registrava 221 instituições financeiras associadas e R$ 3,6 trilhões em volume de depósitos elegíveis à garantia do FGC, o que representa 99,6% dos clientes estão cobertos pela garantia ordinária de R$ 250 mil.
Neste cenário, em números absolutos, 463,2 milhões de contas se encontravam 100% cobertas.
Caso não existisse o FGC, Daniel Lima ressalta que o mercado financeiro seria instável, haja vista as prováveis crises de confiança, a exemplo da desarticulação do mercado de crédito, promovendo impactos em recursos para capital de giro, repercutindo na economia real, na renda e postos de trabalho.
Por fim, o FGC é o seguro dos recursos depositados pelos brasileiros, que promove as bases de confiança no Sistema Financeiro Nacional e permite potencializar o desenvolvimento econômico do País.
Grande abraço e até a próxima semana!
Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.
* para consultar mais informações, consulte o endereço: https://www.fgc.org.br/