Fortaleza pede anulação do jogo contra Athletico-PR e tem reunião com Gaciba na próxima semana

Ação foi encaminhada ao STJD sob alegação de erro de direito na derrota por 2 a 1 no domingo (8)

A diretoria do Fortaleza subiu o tom da reclamação contra a arbitragem e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O departamento jurídico do clube entrou com ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com pedido de anulação da partida contra o Athletico-PR, quando foi derrotado por 2 a 1 na Arena da Baixada no domingo (8). O passo funciona como medida mais incisiva dentre o processo de reclamação formal.

A queixa envolve suspensão do resultado do jogo por 'erro de direito'. Os dois momentos capitais envolveriam o gol do atacante Bergson anulado pelo árbitro de vídeo (VAR), quando não haveria motivação evidente para suspensão, além do segundo tento do Athletico-PR, em que há alegação de falta no defensor Paulão e toque na mão do atleta dos donos da casa.

Antes, um ofício foi protocolado à Comissão de Arbitragem da CBF com vídeos e imagens produzidos pelo time. O dossiê contempla erros e infrações não sinalizados na referida partida e em rodadas anteriores da Série A do Campeonato Brasileiro.

O presidente Marcelo Paz também agendou reunião direta com o Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF, no Rio de Janeiro. O encontro é o segundo em curto período, com realização na próxima semana. Dentre os pedidos, o Fortaleza solicita os áudios do VAR nos confrontos contra Fluminense e Athletico-PR.

Processo do Fortaleza para protocolar reclamação formal

Passo I: protocolar ofício à comissão de arbitragem com vídeos. As imagens são montadas pelo próprio clube.

Passo II: reunião entre o presidente Marcelo Paz e o Gaciba, presidente da comissão da arbitragem da CBF.

Passo III: ação no STJD para anulação da partida contra o Athletico-PR por decorrência de erro de direito.

O principal pedido, no entanto, é por árbitros de qualidade nos jogos do Fortaleza. A cúpula tricolor acredita que há profissionais que podem apitar aos jogos sem gerar maior interferência na sequência dos 90 minutos, ou seja, sem prejuízo direto ao clube por erros de arbitragem.

No fim, a pressão serve para evidenciar o descontentamento. Os efeitos das manifestações não tem impacto garantido, mas podem marcar posição e aproximar mais o clube da CBF através das reuniões para debater as situações dos jogos anteriores.