Fortaleza: com um mês de trabalho, Enderson encontra time ideal e pode brigar por Sul-Americana

Técnico soma três vitórias em sete partidas, com 47,61% dos pontos conquistados na Série A

O Fortaleza atravessa um momento crescente na Série A. O cenário faz parte das dádivas do futebol: o diagnóstico muda a cada rodada e, hoje, o time está fora da zona de rebaixamento. Com duas vitórias seguidas, o técnico Enderson Moreira encontrou o time ideal e já supera Rogério Ceni em aproveitamento na atual edição do Brasileirão.

Ouça o podcast 'FortalezaCast'

O intervalo de análise é curto, recém-completou um mês desde a chegada para substituir Chamusca. A contratação do novo comandante foi oficializada em 8 de janeiro, quando o Leão estava em 16º.

Na classificação atual, subiu apenas uma posição, mas o ganho foi adquirido em desempenho. Em sete partidas, por exemplo, Enderson conquistou três vitórias (Santos, Coritiba e Vasco), um empate e três derrotas. Conseguiu 47,61% da pontuação ofertada nessas rodadas - abrindo margem do Z-4.

O antecessor, Chamusca, registrou 25,9%. Foi um triunfo em nove compromissos. No entanto, a crise técnica foi instaurada no Pici após a saída de Rogério Ceni, que iniciou a competição e está no Flamengo. Com percentual de amostra maior - 18 partidas - o ex-goleiro somou 44,4%.

É evidente que a longevidade impacta no imediatismo dos números. Enderson, dos três, ficou à frente do Fortaleza por menos partidas. O detalhe reside na evolução em momento decisivo, justamente o de maior pressão internamente e externamente.

Enderson no Fortaleza

  • Jogos: 7
  • Vitória: 3
  • Empate: 1
  • Derrota: 3
  • Gols pró: 10
  • Gols contra: 9
  • Aproveitamento: 47,61%

Time ideal

A comissão técnica de Enderson Moreira sempre priorizou o esquema tático 4-3-3, uma mudança de postura necessária no modelo de atuação do Fortaleza. Em sete partidas, usou a formação em seis, com exceção do revés para o Internacional, no Beira-Rio, quando estava armado no 4-2-4.

Ao definir uma mudança, o treinador se manteve fiel às próprias convicções, apesar da herança deixada pelo longo trabalho desenvolvido no elenco durante as temporadas anteriores. O impacto foi apresentado em campo e contou com a presença de ‘‘soluções caseiras’.

Sequência de jogos do Fortaleza

  • 04.02 | Fortaleza 2x1 Coritiba | 18h30, na Arena Castelão
  • 10.02 | Fortaleza 3x0 Vasco | 19h15, na Arena Castelão
  • 14.02 | Palmeiras x Fortaleza | 18h15, no Allianz Parque
  • 20.02 | Fortaleza x Bahia | 21h, na Arena Castelão
  • 25.02 | Fluminense x Fortaleza | 21h30, no Maracanã

A principal está na criação, com a consolidação de Luiz Henrique no papel de meia ofensivo. O atleta que tinha baixa minutagem recebeu chance e brilhou nas últimas vitórias com duas assistências.

Os confrontos com Coritiba e Vasco, inclusive, foram marcados pela oportunidade como titular. Assim como o atacante Igor Torres, que aproveitou o espaço e conseguiu o primeiro gol. Para completar, o zagueiro colombiano Quintero retornou ao posto ao lado de Paulão - a defesa do início de 2020.

Os nomes mais utilizados por Enderson foram: Felipe Alves (7), Gabriel Dias (6), Paulão (6), Felipe (6) e David (6). Bruno Melo, na lateral esquerda, também reafirmou lugar no plantel principal.

A formação titular é: Felipe Alves; Gabriel Dias, Quintero, Paulão e Bruno Melo; Felipe, Juninho e Luiz Henrique; David, Igor Torres e Wellington Paulista.

Sul-Americana

O Fortaleza ainda não firmou vaga na Série A de 2021. O clube tem diferença de quatro pontos para o Bahia, primeiro da zona de rebaixamento. Para o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as probabilidades de descenso são de 2%.

No caminho até o encerramento da competição, o time tem pela frente: Palmeiras (14/2), Bahia (20/2) e Fluminense (25/2). Por conta da ampliação de vagas em torneios internacionais com o G-14, os 14 melhores colocados da 1ª divisão, a equipe está próxima da Sul-Americana. O mesmo grupo estatístico definiu a equipe cearense com 36,2% de oportunidade.

Chances do Fortaleza na Série A

  • Rebaixamento: 4%
  • Sul-Americana: 36,2% 
  • Libertadores: 0%