As eleições para a direção do Senado e da Câmara evidenciaram um vitorioso, o Presidente Bolsonaro. As polarizações morreram. Para 2022, Ciro e Lula perderam espaço, Doria e Maia derreteram suas forças políticas, Huck não é consistente, outra opção solo não teria sustentáculo partidário. E mais, muitas foram as lideranças regionais que foram cooptadas e preferiram ficar com o Centrão, apoiado por Bolsonaro.
A lua de mel entre Centrão e o Presidente Bolsonaro pode durar até 2022. Reformas administrativa e tributária, enfrentamento ao Judiciário, questionamentos a equivocadas gestões na economia e na educação, esperam-se que sejam as novas bandeiras desse “Novo Governo”.
Mudou-se o conceito e as práticas e tem-se um “novo normal”: Executivo ganhou força, dirigentes do Congresso fortalecidos, partidos fracionados, problemas regionalizados e as negociações deixaram de ser individuais. O presidencialismo de coalizão voltou! Uma brasilidade, um blend de presidencialismo, federalismo, coalizões multipartidárias.
Apoiado por Lira e Pacheco, o inimigo do Governo Bolsonaro será somente um: a pandemia. Que deve ser vencida nos próximos meses.
Caso não ocorra um tsunami de grandes proporções no Brasil, mesmo com pequenos conflitos entre o Executivo e o Congresso, dificilmente a reeleição do Presidente Bolsonaro em 2022 será impedida.
O erro faz parte de qualquer processo, permanecer nele, não. O Capitão sabe disso! Mesmo assim é preciso lembrar que nesse “Novo Governo” é preciso assessorias e gestões competentes e éticas, um plano de desenvolvimento ampliado para o setor industrial e muita lealdade aos reais apoiadores. Palpiteiros ideológicos, radicalismos e liberalismo econômico inconsequente não podem mais fazer parte desse contexto. Agora, Capitão, depende de você e de sua caneta Bic: um novo momento, com novas práticas e ações.
Marcus Vinicius Rodrigues
Membro da Academia Brasileira de Ciências da Administração