Telecomunicações alavancam geração de empregos qualificados no Ceará

Escrito por
Luiz Henrique Barbosa producaodiario@svm.com.br

O setor de telecomunicações alavanca geração de empregos no Nordeste por meio das prestadoras de pequeno porte (PPPs), também chamadas de provedores regionais. São empresas que têm investido nos municípios, levando conectividade e oportunidades em localidades em que as grandes redes não chegam.

No Ceará, 79,3% dos acessos de banda larga fixa são feitos a partir de operadoras regionais. No Brasil, 94% desses provedores oferecem conectividade por de fibra óptica, contribuindo para o desenvolvimento regional de cidades e localidades mais afastadas dos centros urbanos, onde as redes das grandes operadoras não chegam.

A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) reúne mais de 70 associadas em todo o Brasil com o objetivo de fomentar esse mercado, destacando a importância dos provedores de menor porte para a economia. No Ceará, nossas associadas que possuem infraestrutura são Algar, Aloo, Angola Cables, Ascenty, Brisanet, Cirion Technologies, Grupo Conexão, k2telecom, Mobwire, Mundivox, Ultranet e Um Telecom.

O Congresso Nacional já deliberou o serviço de telecomunicações como essencial. Em muitas localidades, o sinal de celular não chega, mas a vila está conectada à internet graças a um pequeno provedor local.

O impacto das telecomunicações vai além da inclusão digital, chega na questão econômica. Cerca de 40,2 mil pessoas trabalham no setor do Ceará, a segunda maior empregabilidade do Nordeste.

O setor gera empregos qualificados e, consequentemente, com remuneração mais alta. No estado do Ceará, a renda per capita é de R$ 881, segundo o IBGE, abaixo do salário-mínimo. Enquanto isso, o salário médio de um profissional de telecomunicações é de R$ 4.237. Em alguns cargos de tecnologia, os salários médios são de R$ 7.086.

Essa alta qualificação reflete nos serviços. Muitos provedores agregaram nuvem e cibersegurança ao portfólio. É um mercado que só cresce e se torna mais exigente para atender demandas e oportunidades de negócios. Estar preparado é o desafio dos empresários.

Esses dados mostram a força das telecomunicações no país como atuante na inclusão social e alavancador de melhoria de qualidade de vida, de oportunidade de qualificação e renda.

Luiz Henrique Barbosa é presidente executivo da TelComp