A hora de arregaçar as mangas

Concluída a etapa de convenções partidárias, no último dia 5, os postulantes às eleições municipais de outubro, agora oficializados, cairão em campo de forma mais entusiástica, já que, desde então, cabe às legendas fazer o registro dos respectivos candidatos junto ao TSE, com a propaganda em si podendo ser realizada nas ruas a partir do próximo dia 16.

Como sempre aconteceu em eleições anteriores, as maiores atenções estarão voltadas para a nossa principal urbe, São Paulo, pois independentemente do pleiteante e/ou do partido de quem venha a ser eleito, o dirigente pode se tornar vitrine para embates futuros, pois dependendo do desempenho à frente da gestão, cacifar-se-ia para voos mais alto na próxima disputa, postulando até mesmo a presidência da República.

Não à toa os dois partidos que se digladiaram na batalha de 2022, PL e PT, encontram-se medindo forças para ver quem conquista o maior quociente de simpatia, com a legenda do presidente Lula da Silva tendo indicado a ex-prefeita Marta Suplicy para compor chapa com a atual deputado federal Guilherme Boulos, por sua vez, o ex-mandatário Jair Bolsonaro recebeu a prerrogativa de escolher o vice do atual prefeito Ricardo Nunes, que busca a reeleição.

Falamos de São Paulo apenas como exemplo mais mais evidente, isso não significando que em outras capitais o embate será tão diferente, a exemplo do Rio de Janeiro, Salvador e Recife, cujos atuais ocupantes do Executivo municipal estão os 10 mais bem avaliados em levantamento processado por institutos especializados.

Na capital cearense, considerando os nomes indicados pelas agremiações, antever-se um confronto mais acirrado entre cinco pretendentes: o atual prefeito Dr. Sarto (PDT), o deputado federal André Fernandes (PL), o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), o senador Eduardo Girão (Novo) e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PT).

Diante de uma batalha que a cada época tende a ser mais concorrida, encerradas as festas convencionais é hora de arregaçar as mangas, sendo oportuno reprisar o adágio que preconiza a “quem tem olho fundo, começar a chorar primeiro...”.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte