Conab vê tendência de queda no preço do arroz nas próximas semanas

Zero alíquota de importação deve reduzir instabilidade nos preços a partir de outubro

Escrito por Redação ,
Cultivo de arroz
Legenda: A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, anunciou a redução total da alíquota de importação para uma cota de 400 mil toneladas de arroz, até o fim do ano.
Foto: Divulgação

Depois de o arroz atingir um pico de inflação, a tendência é de que nas próximas semanas o preço do principal alimento da mesa do brasileiro apresente queda. A avaliação é do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Bastos.

Segundo a Conab, órgão do Ministério da Agricultura responsável pela gestão do estoque de alimentos em todo o País, a decisão do governo de zerar a alíquota de importação do arroz deve ter efeito a partir do próximo mês, reduzindo a instabilidade nos preços, que chegaram a subir mais de 100% nos últimos dias.

"Acreditamos que a isenção será precificada pelo mercado no curto prazo, e cotações seguirão tendência de estabilidade com tendência de queda nas próximas semanas", disse Bastos ontem, durante a apresentação do último levantamento da safra 2019/2020.

Ontem, ao Diário do Nordeste, o vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados, Nidovando Pinheiro, explicou que a forte alta nos preços ocorre desde a produção, afetando a venda no varejo. Ainda no Ceará, produtos como queijo sofreram reajuste de 100% antes de chegar às prateleiras dos supermercados.

Alíquota zero até o fim do ano

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, anunciou a redução total da alíquota de importação para uma cota de 400 mil toneladas de arroz, até o fim do ano.

"A Conab acompanha com muito empenho a evolução dos preços dos produtos da cesta básica e a evolução do índice de inflação dos produtos alimentícios", disse ele.

O presidente da Conab disse que, mesmo com uma queda nas cotações, os preços ainda devem se manter atraentes para o produtor e trazer margem de lucratividade.

O órgão estima que a colheita do próximo ano fique no patamar das 12 milhões de toneladas, um aumento anual de 7,2%. A avaliação do órgão é que o chamado "estoque de passagem", ou seja, o acúmulo de alimentos na entressafra, teve início com em nível mais baixo, estimado em 534,2 mil toneladas.

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