Total de desempregados avança e atinge 14,2 mi

Segundo o IBGE, o número representa uma alta de 14,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior

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(Atualizado às 00:48)

Rio. A taxa de desemprego continua em alta no Brasil e bateu um novo recorde. No trimestre encerrado em março, o desemprego atingiu 14,2 milhões de brasileiros, número 14,9% superior ao trimestre imediatamente anterior (outubro, novembro e dezembro de 2016) - o equivalente a 1,8 milhão de pessoas a mais desocupadas.

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Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nessa sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em fevereiro, o Brasil tinha 13 milhões de desempregados.

o IBGE, a taxa de desocupação fechou março em 13,7% com alta de 1,7 ponto percentual frente ao trimestre outubro/dezembro de 2016, quando o desemprego estava em 12%. Em relação aos 10,9% da taxa de desemprego do trimestre móvel de igual período do ano passado, a alta foi de 2,8 pontos percentuais. Essa foi a maior taxa de desocupação da série histórica, iniciada no primeiro trimestre de em 2012.

Em relação ao primeiro trimestre móvel do ano passado, a alta da taxa de desocupação chegou a 27,8%, o que significa que mais 3,1 milhões de pessoas estão procurando uma vaga de trabalho no Brasil.

População ocupada recua

A população ocupada do País no trimestre móvel encerrado em março ficou em 88,9 milhões de pessoas, recuando tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (outubro, novembro e dezembro) quanto ao primeiro trimestre móvel do ano passado.

Os números da Pnad Contínua divulgados nessa sexta-feira pelo IBGE indicam ainda que, em relação ao último trimestre de 2016, a queda foi de 1,5%, ou menos 1,3 milhão de pessoas ocupadas, enquanto em relação aos três primeiros meses de 2016 a retração chegou a 1,9%, ou menos 1,7 milhão de pessoas.

Ao fechar o trimestre encerrado em março com uma população ocupada de 88,9 milhões de pessoas, os dados do desemprego registram também outro recorde negativo desde o início da série histórica em 2012. Este é o menor contingente de pessoas ocupadas desde o primeiro trimestre daquele ano, quando a população ocupada era de 88,4 milhões de pessoas.

Este nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a recuar 53,1% no trimestre de janeiro a março deste ano, com queda de 0,9 ponto percentual, quando comparado ao nível do trimestre imediatamente anterior, de 54%. Em relação ao nível do mesmo trimestre de 2016, quando o nível de ocupação era de 54,7%, houve retração de 1,7 ponto percentual.

Carteira assinada

Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada fechou março em 33,4 milhões de pessoas, recuando em ambos os períodos de comparação: frente ao trimestre outubro/dezembro de 2016, o recuo foi de 1,8%, ou menos 599 mil pessoas com carteira assinada. Já em relação ao trimestre janeiro/ março do ano passado, a queda foi de 3,5%, ou menos 1,2 milhão de pessoas.

Rendimento

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro manteve-se estável no trimestre encerrado em março: R$ 2.110. No trimestre anterior, era de R$ 2.064.