Self-service, prato feito, executivo e la carte: qual opção é mais em conta em Fortaleza? Veja

Custo da refeição fora de casa na Capital é, em média, de R$ 29,65

O trabalhador de Fortaleza precisa desembolsar, em média, R$ 29,65 por refeição que realiza fora de casa. O valor é o menor entre as capitais do Nordeste e o terceiro menor do País.

Somente Goiânia (GO) e Canoas (RS) possuem preços de refeição fora de casa menores que na capital cearense, registrando R$ 27,94 e R$ 25,57 respectivamente.

As informações são da Pesquisa Médio da Refeição Fora do Lar, divulgada esta quarta-feira (06) pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

O estudo foi realizado em 51 cidades brasileiras, mais o Distrito Federal, entre fevereiro e abril de 2022, e levou em consideração apenas estabelecimentos que aceitam o benefício-refeição como forma de pagamento.

Em Fortaleza, o prato feito tem um valor médio de R$ 22,07, seguido pelo self-service (R$ 24,97/kg), pelo à la carte (R$ 46,07) e pelo executivo (R$ 49,81).

O levantamento leva em consideração que a categoria à la carte é referente a ambientes mais sofisticados onde o consumidor escolhe o prato que será preparado na hora e que o executivo oferece opção de prato do dia com desconto em relação aos demais apresentados no menu.

Além disso, o cálculo prioriza o que o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) considera como refeição ideal: prato, bebida (refrigerante, água ou suco), sobremesa e café.

O preço de Fortaleza está abaixo da média nacional, que é de R$ 40,64. Embora o valor geral do País tenha subido 17,4% em relação à pesquisa de 2019, anterior à pandemia, a média fortalezense permaneceu praticamente estável (R$ 30,05).

Veja o ranking por capitais:

  1. São Luís R$ 51,91
  2. Rio de Janeiro R$ 47,09
  3. Florianópolis R$ 46,75
  4. Aracaju R$ 46,75
  5. Natal R$ 44,78
  6. São Paulo R$ 43,78
  7. João Pessoa R$ 42,76
  8. Salvador R$ 42,19
  9. Recife R$ 42,04
  10. Belém R$ 41,04
  11. Vitória R$ 39,66
  12. Campo Grande R$ 39,22
  13. Curitiba R$ 38,38
  14. Belo Horizonte R$ 36,83
  15. Cuiabá R$ 36,61
  16. Palmas R$ 36,61
  17. Porto Alegre R$ 36,12
  18. Teresina R$ 34,92
  19. Maceió R$ 34,76
  20. Fortaleza R$ 29,65
  21. Goiânia R$ 27,94

A diretora-executiva da entidade, Jessica Srour, esclarece que a média local fica muito abaixo dos preços observados devido ao período de crise econômica provocado pela pandemia, do qual os estabelecimentos ainda tentam se recuperar.

Segundo ela, muitos estabelecimentos, estão trabalhando com margens de lucro reduzidas e se adaptando ao aumento dos preços dos alimentos e dos custos como gás, energia e frete, por exemplo.

"Depois de dois anos de restrições por conta da pandemia, os restaurantes trabalharam para não repassar custos e não perder clientes. Com a retomada do trabalho presencial, esperamos que a situação volte ao patamar da pré-pandemia", afirma.

Impacto mensal

Levando em consideração o valor médio da Capital, o trabalhador precisa desembolsar cerca de R$ 593 com alimentação em 20 dias de trabalho.

Caso ele consuma apenas a opção mais barata da pesquisa, o prato feito, o gasto seria de R$ 441,40. Na ponta oposta, são necessários R$ 996,20 para comer na categoria executivo.

“Por isso a Pesquisa Preço Médio da ABBT é um importante termômetro para as empresas concederem o benefício adequado às necessidades de seus funcionários. Não fosse o benefício-refeição, o trabalhador gastaria um terço do seu salário com o almoço fora de casa”, explica Srour.

Ela ainda ressalta que, embora a inflação geral e dos alimentos estejam agressivas, a diferença no valor das refeições entre 2019 e 2022 é menor. Isso porque restaurantes estão se adaptando à nova realidade de mercado trazida pela pandemia e evitando repassar o aumento dos custos.

Conforme a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado de março deste ano em relação ao mesmo mês de 2021 registrou uma pequena diminuição de 1,04% para 0,99%.

"Cada região sentiu a pandemia e a inflação de maneira distinta. Isso, somado a possíveis mudanças de cardápio que os restaurantes vêm fazendo para driblar os custos pode ter contribuído para que os preços se mantivessem estáveis em Fortaleza", esclarece a executiva.

“A evolução dos preços dos alimentos reforça a importância do benefício-refeição para que o trabalhador brasileiro tenha acesso a refeições de qualidade, nutritivas e equilibradas”, acrescenta.